Política Titulo Saúde
Exame pauta Lula na eleição

Prefeituráveis do PT aguardam avaliação médica de hoje
do ex-presidente que definirá papel do petista no pleito

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
06/08/2012 | 07:00
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Principal cabo eleitoral petista nas eleições municipais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passa hoje por bateria de exames que vai definir seu papel no pleito de outubro. A consulta no Hospital Sírio-Libanês vai avaliar se Lula poderá participar ativamente das campanhas ou terá de restringir sua atuação para não forçar a voz, debilitada devido ao tratamento contra câncer de laringe.

No Grande ABC, a avaliação médica é aguardada ansiosamente por prefeituráveis do PT. Eles esperam contar com Lula no palanque na região, berço do partido, e assim alavancar empreitadas que ainda seguem morosas. O PT lançou sete candidatos no Grande ABC: Carlos Grana (Santo André), Luiz Marinho (São Bernardo), Edgar Nóbrega (São Caetano), Mário Reali (Diadema), Donisete Braga (Mauá), Maria Inês Soares (Ribeirão Pires) e Claudinho da Geladeira.

A intenção do ex-chefe da Nação é atuar diretamente na campanha da Capital, onde bancou o ex-ministro da Educação Fernando Haddad como postulante à sucessão de Gilberto Kassab (PSD). Passar por atividades políticas no Grande ABC, embora estejam presentes no cronograma do ex-presidente, ficaria em segundo plano, até porque Haddad não conseguiu deslanchar nas pesquisas de intenção de voto. Lula seria essencial para impulsionar o petista paulistano e, assim, colocá-lo ao menos no segundo turno.

Dos sete candidatos a prefeito pela região, três fizeram pedidos oficiais à assessoria de Lula para tê-lo em atos políticos: Grana, Reali e Donisete. Deles, apenas Reali tem cenário mais favorável - no caso, à reeleição. Mas ele não abre mão da presença do ícone petista porque Lula tem história ligada a Diadema, onde participou de movimentos sindicais nos anos 1970 e 1980. Grana, pupilo sindical de Lula, e Donisete esperam ansiosos pelo ex-presidente para deslancharem nas pesquisas em Santo André e Mauá, respectivamente.

Fora da estratégia nacional do PT de priorizar eleições em cidades com mais de 150 mil eleitores, Edgar, Maria Inês e Claudinho também querem realizar atividades eleitorais com Lula. Se o ex-presidente tiver de preservar a voz para Haddad, receberão gravações de mensagens de apoio do petista para serem usadas em materiais de campanha. Marinho já disse que entenderá a ausência de seu padrinho político se ele tiver de focar na Capital e em outras cidades estratégicas para a sigla.

"Cada candidato tem solicitado diretamente à assessoria do Lula sua agenda. Sabemos das limitações dele e por isso aguardamos ansiosos pelos exames. Mas, pelo Grande ABC, pensamos em fazer agenda com ele sem ter de forçá-lo. Faríamos, por exemplo, um comício, com palco montado e Lula saudando toda a militância. Seriam atividades pontuais", afirmou Humberto Tobé, coordenador da Macro PT na região.

Neste fim de semana, Lula viajou com a família para o interior de São Paulo. A consulta de hoje será com o médico Roberto Kalil Filho, que acompanhou o tratamento do ex-presidente contra câncer na laringe, descoberto em outubro.




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