Política Titulo Câmara de Santo André
Após Ailton Lima, Solidariedade atrai Sargento Lobo e Toninho

Novo partido forma a segunda maior bancada da Câmara andreense, ao lado do PTB

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
16/10/2013 | 07:00
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Depois do ingresso do vereador Ailton Lima (ex-PTB), o Solidariedade de Santo André alcançou oficialmente ontem a adesão de outros dois parlamentares: Toninho de Jesus, que deixou o DEM, e Sargento Lobo, dissidente do PDT. Com as mudanças, o partido, recém-criado pelo deputado federal Paulinho da Força, forma a segunda maior bancada da Câmara, ao lado do PTB. O PT se manteve como única ala à frente dos demais grupos, com cinco cadeiras na Casa.

Os dois vereadores aproveitaram a insatisfação com seus respectivos partidos e usaram prerrogativa da janela partidária, que possibilita a troca para novas legendas. Toninho mencionou que as incertezas políticas do DEM e as divergências locais forçaram a sua saída. “Não tinha apoio de lideranças estaduais e federais. Estávamos nos sentindo órfãos em Santo André”, alegou o ex-democrata, que rachou politicamente com o então correligionário Evilásio Santana, o Bahia, e com a direção local.

A fissura se deu após Toninho anunciar que deixaria grupo independente para compor a base de sustentação do governo Carlos Grana (PT), sem consentimento de outras instâncias. Por ter assinado dentro do prazo, o ex-democrata não descarta candidatura a deputado estadual em 2014.

Com justificativa semelhante, Lobo argumentou que, mesmo em dez meses de mandato e quase dois anos de filiação, a vereança – ele integrava a bancada com Cosmo do Gás (PDT) – era deixada de lado nas decisões da cúpula. “Éramos excluídos de todas as conversas. Não fomos procurados nem com a morte do então presidente (Adonis Bernardes). Sempre ficamos vendidos, pois essa dificuldade de diálogo atrapalha”, disse o ex-pedetista, que não poderá concorrer no ano que vem devido ao período de filiação ultrapassar o permitido pela legislação.

Apesar do discurso de o Solidariedade nascer com projeto alternativo, projetando candidatura a prefeito em 2016, o novo bloco fixado tende a permanecer na base governista. Toninho afirmou que não mudará sua posição. “Tivemos conversa anterior com o Ailton para falar que tínhamos compromisso (com a gestão do PT). Ele indicou que não iria impor nada. Então, não vamos alterar a relação.” Presidente da executiva municipal, Ailton citou que “não haverá cabresto.”

Um dos articuladores para a efetivação da sigla, Terezinho Martins disse que o partido “tem de ser contrário quando tiver de ser contra”, utilizando como exemplo eventual projeto de aumento de imposto municipal.”




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