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Oferta de caminhoes autônomos diminuiu após a greve
Do Diário do Grande ABC
05/08/1999 | 15:12
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Transportadoras do Paraná, Sao Paulo e Mato Grosso estao detectando um menor número de caminhoes de autônomos disponíveis esta semana. Edir Quiqueto, da transportadora Transvale, de Assis (SP), afirma que há açúcar para ser embarcado para o Porto de Santos, mas diz há motoristas parados, à espera de uma definiçao nas negociaçoes entre o governo e os caminhoneiros, depois da greve da semana passada.

"Os motoristas nao estao agüentando trabalhar, em funçao dos altos gastos com combustível e pedágios", explica. Quiqueto nao acredita em uma alta nos preços e afirma que as usinas de açúcar estao estocando a mercadoria que nao pode ser escoada.

Wilson Pinheiro, da transportadora Rodomax, de Cascavel (PR), afirma que está faltando caminhao no Estado. "Eles estao fugindo do pedágio", explica Pinheiro, dizendo que muitos motoristas estao preferindo trabalhar na Bahia, onde os gastos com pedágio sao menores. Ele disse que está havendo, em Cascavel demanda pelo transporte de soja a granel para Paranaguá e de trigo a granel para Santos, em um volume total de cerca de 2 mil toneladas por dia.

Tony Silva, da corretora Granoforte, também de Cascavel, disse que menos de 50% dos motoristas da regiao estao trabalhando nesta semana. Reginaldo Souza Silva, da transportadora Roma, de Rondonópolis (MT), conta que há caminhoneiros que nao voltaram ao trabalho depois da greve.

Ele afirma que há boatos de nova paralisaçao. "Alguns motoristas só estao fazendo serviço por perto, com medo de ir para longe e ficar parado na estrada", disse Silva. Saulo Sagamelo, da Transportadora Gramado de Cuiabá (MT), disse que está havendo frete de farelo de soja da Oleos Vegetais Paraná (Olvepar) para a Cargill, no Guarujá. Ele afirmou também que os caminhoes estao voltando com adubo para o Mato Grosso.




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