Comercializando veículos pesados no Brasil desde abril de 2010, a Sinotruk deu mais um passo em direção ao sucesso lançando a nova família de caminhões A7. No topo do portfólio oferecido pela marca, que até então vendia só a linha Howo, os modelos partem de R$ 270 mil na configuração 4x2.

A gama ainda conta com as opções de cavalo-mecânico 6x2 (R$ 310 mil) e 6x4 (R$ 340 mil), todos equipados com motor Sinotruk D12 turbo intercooler de 12 litros com 380 cv, 420 cv e 460 cv, respectivamente. Tudo, já de acordo com as normas estabelecidas pelo Proconve P-7 (que obedece as regras do Euro V). As vendas começam em setembro.

Durante a apresentação dos veículos na cidade de Mogi das Cruzes (SP), o Diário teve a oportunidade de guiar a versão intermediária, a 6x2.

As diferenças entre os carros de passeio já começam na hora de entrar - é necessário escalar três degraus (com piso anti-derrapante).

Lá em cima, o salão principal é bastante amplo, o assoalho é semi plano e é possível uma pessoa de 1,93 metro de altura ficar em pé.

No começo foi necessário ajustar os bancos (que têm suspensão a ar), o volante - este por meio de um pedal do lado direito, bem onde ficaria a embreagem - e os retrovisores externos elétricos.

Os comandos estão por todos os lados, como os do ar-condicionado digital e do sistema de som com rádio MP3 com entrada USB - manuseado também por meio de botões no volante.

Ao olhar para trás, há duas camas (versões com teto alto).

HORA DE DAR A PARTIDA

O câmbio - automatizado de 16 velocidades, na versão avaliada - deve estar na posição N (Neutro). Para sair do lugar, é necessário apertar um botão do lado esquerdo da alavanca e, ao mesmo tempo, empurrar o câmbio para a frente (optamos por sair em terceira marcha, já que não levávamos carga).

Agora, é só acelerar. Forte! Pois se você tem o pé leve, não vai sair do lugar. Os pedais dos caminhões exigem esforço maior que os carros de passeio.

Guiando, a maior diferença é o tamanhão do monstro, que mede 6,87 metros de comprimento, 2,48 metros de largura e 3,85 metros de altura (versão cabine alta). Apesar da direção hidráulica - extremamente leve, diga-se - fazer curvas não é tarefa tão simples, afinal, só o entre-eixos do bichão mede quase o mesmo tamanho de um carro popular.

Optamos por andar no modo Econômico (apertando a tecla ‘E' no console central), onde as marchas são trocadas aos 1.600 giros - os trancos não chegam a incomodar. Por falar nisso, o torque é de 185,5 mkgf entre 1.100 e 1.400 rpm.

E para conter os ímpetos dos mais afoitos e garantir a segurança, o que não faltam são letrinhas nesta sopa. Os freios contam com sistema ABS (antitravamento), ASR (anti-deslizamento) e EBL (distribuição eletrônica da força de frenagem. Para completar, ainda há o TPM, tecnologia que monitora a pressão dos pneus.

Marca expõe metas e pretensões

A Sinotruk nasceu em 1935, na China. Conhecida como CNHTC (China National Heavy Duty Group Corporation), a empresa hoje tem parceria com a alemã (e concorrente por aqui) MAN, que comprou 25% da empresa em 2009.

Ainda pouco conhecida no Brasil, a marca já emplacou 1.537 unidades desde que chegou por aqui em abril de 2010. De acordo com o diretor geral da Sinotruk Brasil, Joel Anderson, além das vendas em si, a meta é investir em pós-vendas e prospectar clientes. Para isso, a empresa pretende aumentar para 62 o número de concessionários no País até 2014 (hoje são 35), "Serão cinco novas casas só ate o final deste ano", afirma.

E como diversas montadoras de carros de passeio (leia-se Chery, JAC, entre outras), esta chinesa também quer se instalar por aqui. "Estamos investindo R$ 300 milhões na construção de uma fábrica no Brasil (em Santa Catarina), que montará os caminhões Sinotruk em regime CKD a partir de 2014", conta Anderson.

"A partir de junho entraremos no segmento de comerciais leves, mas ainda não podemos adiantar detalhes sobre modelos", afirmou Anderson. Ele ainda conta que a marca deverá entrar no mundo das pistas, "Em breve correremos na Fórmula Truck."