Política Titulo Santo André
Com exigência do MP,
Grana corta 33 cargos

Termo de Conduta requer readequação de postos
de livre nomeação na Prefeitura de Santo André

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
19/06/2013 | 07:00
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Arquivo/DGABC


Após retirar projeto do ex-prefeito Aidan Ravin (PTB), o governo Carlos Grana (PT), de Santo André, encaminhou ontem à Câmara matéria para reduzir o número de comissionados da Prefeitura. A proposta prevê o corte de 33 cargos de livre nomeação, diminuindo o quadro atual de 565 para 532 postos. Enviada ao apagar das luzes do mandato pelo petebista, em dezembro, a peça foi segurada pela bancada petista. Com maioria já na ocasião, o grupo alegou necessidade de revisão do texto.

No documento, diante da mudança planejada, o valor gasto com folha de pagamento só aos 33 funcionários em comissão cairá R$ 1,6 milhão ao ano. Elaborada pelo RH (Recursos Humanos) do Paço, a proposta visa atender exigência do MP (Ministério Público), representado pelos promotores Renato de Cerqueira César Filho e Marcelo Nunes. A matéria é baseada em estudo técnico preparado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) para revalidar o quadro.

O projeto, entretanto, é bem semelhante ao anterior. A minuta propõe reestruturação administrativa com a criação, extinção e transformação de cargos. Existe assinatura de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) há mais de dez anos que nunca foi cumprida pelo Executivo. Esse é o terceiro acordo com a Promotoria. Tanto João Avamileno (PT) quanto Aidan Ravin (PTB), antecessores de Grana, enviaram matéria no término do mandato, sem êxito na aprovação.

No texto atual, o grupo em denominações de cargos reduz de 116 para 16 postos, bem como a quantidade de classes salariais de 12 para oito. A administração petista articula para que projeto seja votado antes do recesso parlamentar, no dia 28. O secretário de Gabinete do Paço, Tiago Nogueira (PT), afirmou que a linha do governo é ajustar todos os TACs nesse primeiro ano de mandato. “Antes não havia vontade política. A ideia agora é não ficar coisas sem resolver.”

SALÁRIOS
A adequação tem pouco impacto no Orçamento. Os salários sofrerão alteração mediana. Vencimentos de secretário e adjunto estão fixados, atualmente, em R$ 11,9 mil e R$ 7.100, respectivamente. As classes terão acréscimo de R$ 600 e R$ 355. Ao todo, o projeto cria 381 cargos, modifica 151 e extingue 414. O texto modifica também a exigência do grau de escolaridade. Para integrantes de primeiro escalão, mantém a dispensa de nível superior.
 




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