A reforma política e a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com o nepotismo (contratação de parentes) no serviço público serão debatidas nesta terça-feira, em reunião dos líderes partidários com o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Chinaglia disse segunda-feira que as duas matérias já estiveram na pauta de votações, mas foram retiradas por causa da apreciação de outros temas. “Agora a discussão dos dois assuntos será retomada.”

A PEC que acaba com a contratação de parentes no serviço público foi aprovada em 2005 pela Comissão Especial da Câmara. O parecer, de autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), proíbe a contratação de parentes até o terceiro grau, que inclui bisavô, bisnetos, tios e sobrinhos, inclusive dos cônjuges das autoridades.

Quanto à reforma política, o parecer do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) já foi aprovado na comissão especial e também na Comissão de Constituição e Justiça, mas Chinaglia pediu sugestões aos líderes partidários.

Chinaglia revelou também que nesta terça-feira será discutida com os líderes partidários a votação do reajuste dos salários dos deputados e senadores. Segundo o presidente da Casa, o reajuste dos parlamentares deve ser colocado em votação no plenário após a desobstrução da pauta, trancada pelas sete MPs e por um projeto de lei que também tramita em regime de urgência constitucional. “O reajuste dos deputados vai a plenário, assim que houver desobstrução da pauta”, disse.

Sobre o aumento de assessores para as lideranças partidárias, reivindicado por alguns líderes de bancada, petista argumentou que, se depender dele, não vai ocorrer. "Esse é um tema que nós vamos ter que tratar. Para que haja qualquer mudança, tem que passar pelo plenário”.