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Seleção pega a 'cobra' mexicana no domingo
Por Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
17/07/2004 | 23:39
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A superioridade do futebol pentacampeão não é latente na atual Copa América, que está sendo realizada no Peru. A camisa amarela com as cinco estrelas bordadas não provoca mais medo no adversário. Sem os craques à disposição, a Seleção Brasileira enfrenta neste domingo, às 22h30 (com transmissão da Globo), o México em igualdade de condições, na busca de uma vaga para as semifinais. A desconfiança após a derrota para o Paraguai e a vitória mexicana sobre a Argentina (1 a 0) na primeira fase transformam o adversário deste fim de noite numa cobra perigosa, que pode destilar seu veneno e eliminar o país do futebol. “Eles atacam igual a uma cobra: podem matar quando você menos espera”, alerta o técnico Carlos Alberto Parreira.

A desculpa da altitude não existe mais. O elenco chegou neste sábado a Piura com três horas de atraso, devido ao alto número de decolagens do aeroporto de Arequipa. Depois de percorrer os 1.990 km e descer para o nível do mar, os jogadores sentiram o alívio. “Na altitude, você precisa parar e respirar depois de um pique”, explica Luís Fabiano.

Com as condições climáticas favoráveis, todos já ligaram o sinal de alerta. “Este é um jogo importante e eliminatório. Por isso, nossa atenção será redobrada”, afirma o meia Edu, que formará o meio-campo de criação com Alex, que retorna à equipe.

Parreira comandou neste sábado o último treino antes da partida decisiva. O grupo fez o reconhecimento do gramado do estádio Miguel Grau, local do confronto.

A fase de testes terminou. Chegou a hora de provar a força do Brasil. “Agora é tudo ou nada. Já fiz observações importantes para o futuro. Chegou a hora do presente: sair em busca do título. Sabemos quem é quem neste grupo de jogadores. Quem pode jogar ou não. Ninguém quer voltar para casa antes do tempo”, avisa Parreira. Assim, o comandante definiu a equipe, com a volta dos considerados titulares. O zagueiro Juan retorna no lugar de Cris e o meia Alex entra na vaga de Felipe. Maicon foi o único que ganhou a posição dentro de campo. O lateral-direito colocou Mancini na reserva e está escalado para o jogo contra o México.

Mas a esperança – e confiança – está mesmo nos pés da dupla de artilheiros Adriano e Luís Fabiano, que balançaram a rede nos três primeiros jogos, com três e dois gols, respectivamente.

Em toda a história, o Brasil leva vantagem nos confrontos com o México. Ao todo, foram 28 jogos, com 18 vitórias, quatro empates e seis derrotas. Mas são exatamente estes fracassos que a Seleção viveu nos últimos quatro encontros. A primeira derrota foi na final da Copa das Confederações, por 4 a 3, em 1999, na Cidade do México. Dois anos depois, um empate por 3 a 3 numa partida amistosa, em Guadalajara. No mesmo ano, pela Copa América, na Colômbia, o Brasil perdeu por 1 a 0 e deixou o título escapar. A última vez em que os dois times se enfrentaram o placar não saiu do zero, num amistoso em Guadalajara, além de uma derrota da Seleção sub-23 na final da Copa Ouro, em 2003, no estádio Azteca, por 1 a 0.

E uma coincidência: em todas elas a Seleção não contou com os principais jogadores. O mesmo caso desta Copa América.




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