Palavra do Leitor Titulo
Falha humana

A presidente Dilma tem dito que os recentes cortes de luz...

Dgabc
22/01/2013 | 00:00
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Artigo

A presidente Dilma tem dito que os recentes cortes de luz decorrem de falhas humanas. Ela tem razão de que cortes sucessivos decorrem de falha humana dos responsáveis pela política no setor. Essa falha se agrava quando os responsáveis não apenas descuidam de suas obrigações, mas também tratam com ironia os alertas dos que tentam evitar o problema.

Ninguém pode ter certeza de que caminhamos para um apagão, mas isso não dá direito ao governante de ignorar os alertas que estão sendo dados, com base em fatos concretos. Salvo se as autoridades prevejam que nosso PIB não cresça, que o consumo não avance e, em consequência, a demanda por energia não aumente. Se o PIB crescer e o consumo aumentar, há possibilidade de que a capacidade instalada não seja suficiente para atender a demanda ampliada. Não ver isso é não perceber que boas notícias no presente carregam riscos embutidos para o futuro. Da mesma forma que o positivo aumento do PIB pode carregar apagões de energia, de mão de obra e de rodovias.

O número de turistas brasileiros que hoje compram em Nova York é prova de nossa voracidade de consumo e da força de nossa moeda. Mas se olharmos os últimos resultados de nossa balança de pagamentos, é óbvio que temos risco de crise cambial adiante. Basta lembrar que, há poucos anos, eram os argentinos que compravam nossas praias no Sul, depois os espanhóis e portugueses no Nordeste. Não ver esse risco é grave falha humana.

A forma como a inflação vem sendo freada, no limite da banda superior da meta, graças ao controle no preço do combustível e fortes isenções fiscais sobre bens industriais, vai cobrar alto preço por falha humana de não terem sido previstas suas consequências. Resolver a crise fiscal e seu resultado sobre o superavit através de ginásticas contábeis e uso dos recursos do Fundo Soberano pode enganar por algum tempo, mas a um alto custo adiante, quando o aumento dos gastos públicos cobrar a fatura.

A economia ainda está bem, embora já não tanto quanto há alguns anos, mas quando observamos os riscos adiante ela não parece que irá ficar bem. Não ver isso dará razão à presidente quando diz que os apagões são decorrência de erros humanos, grande erro humano da falta de previsão, de planejamento, de gestão e do adiamento das medidas necessárias para corrigir nossas deficiências. Sobretudo a maior das falhas humanas, a arrogância de não ouvir críticas e alertas.

Cristovam Buarque é professor da UnB e senador pelo PDT-DF.

PALAVRA DO LEITOR

Tarifas

A indignação da leitora Edna Ferreira Vale (Nova tarifa, dia 5), é apenas uma amostra da insatisfação geral da população com os políticos. Se é que algum dia qualquer um deles deu um único motivo para serem reconhecidos. Essa passagem de R$ 3,30 é absurdo, afronta e desrespeito com o cidadão. Prejuízo de aproximadamente R$ 18 a mais por mês para cada trabalhador. Pura incompetência e falta de preparo político-financeiro de quem gerencia um município. Ou o governo federal mente e esconde os verdadeiros índices inflacionários, ou a incompetência das prefeituras é mais evidente do que se imagina. E como desgraça pouca é bobagem, logo a CPTM, o Metrô e a EMTU também inventarão desculpas e anunciarão reajustes irracionais para corromper ainda mais o cidadão, que não tem culpa nenhuma das falhas administrativas desses governantes que há décadas nos massacram com suas atitudes abomináveis e comprometedoras. Isso é o Brasil!

Ana Paula Borsói, Santo André

Cartão farmácia

Gostaria de informar que pouco antes da eleição, para que se escolhesse o prefeito de São Caetano, a nós, moradores, foi oferecido um cartão farmácia, no qual estaria disponível valor de R$ 50 para que pudéssemos utilizar todos os meses a partir do quinto dia útil. Até então, estava tudo como planejado, mas neste, o cartão foi inexplicavelmente bloqueado a todos, sem prévio aviso. Estamos sem respostas da Prefeitura. Será que agora, esta carta sendo publicada neste Diário teremos algum retorno?

Kelly Andrade, São Caetano

Emburrecendo

Mais uma vez, a anomalia denominada Big Brother. Até quando? Todo mês de janeiro é a mesma coisa. Como se não bastassem os intragáveis IPTU, IPVA, materiais escolares etc, ainda tem mais esse calo em nossos pés. Para o Brasil crescer é preciso investir em informação e conhecimento, e não em produções televisivas medíocres, pobres, patéticas e sem inteligência nenhuma? Uma incitação à burrice, violência, sexo precoce, drogas e tudo mais que há de podre. E para não ficar atrás, os concorrentes também têm as suas bizarrices, como Casos de Família e Fazenda. E o mais revoltante é como as pessoas caem nessa armação tão facilmente. Nos anos 1980 tudo era simples, mas elaborado com criatividade. Hoje em dia, está uma lástima. Coitado do povo, tão ingênuo e se contentando tão pouco com algo tão desprezível.

William Borges

Santo André

Criminalidade

Nada justifica o alto índice de criminalidade neste pobre País! O conformismo com o errado e o protecionismo à bandidagem em detrimento da segurança dos homens de bem tornam nossa realidade simplesmente assustadora. Os 9% dos paulistanos que não reclamam da violência são os ‘diferentes', que gozam de privilégios! São os políticos, os juízes e os apadrinhados! As pessoas comuns, pagantes de impostos, sabem que saem de casa pela manhã para trabalhar e podem não voltar vivos! Maquiar a realidade com palavras ocas é o que as autoridades mais sabem fazer!

Anita M. S. Driemeier, Campo Grande (MS)

ACE Diadema

A ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Diadema nega apoio à Polícia Militar para implantação de rondas com bicicletas. O uso das bicicletas é apontado como eficaz em áreas urbanas, por especialistas em Segurança pública e pela própria polícia. A ACE é contra, pois a presidente simplesmente diz que ‘as bicicletas não ajudam muita coisa' (Política, ontem). Qual a fundamentação técnica dessa postura negativa? Amigo comerciante, você foi consultado? Os clientes foram ouvidos? Amigo comerciante, o que você acha dessa atitude amalucada? É mais um prego no caixão da morta Associação Comercial de Diadema? Vamos, nós, tomar alguma providência?

Filipe dos Anjos, Diadema 




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