Jurgensen apresentou sua demissão numa carta à redação e ao proprietário do jornal, Craig Moon, afirmando que sua saída “abre a porta para um progresso do USA Today sob uma nova liderança”.
A diretora, funcionária do jornal há 21 anos e que assumiu este cargo em 1999, incluiu uma nota nesta comunicação interna na qual afirma que, “como todos os que trabalharam com Jack Kelley, gostaria de ter o desmascarado antes”. Em 19 de março, o jornal acusou seu ex-correspondente internacional Jack Kelley de plágio e de mentiras, num caso parecido ao envolvendo o New York Times e o jornalista Jayson Blair em maio de 2003.
O USA Today, que integra o império de comunicação de Gannet, informou que em várias vezes Jack Kelley inventou trechos de importantes artigos, enfeitou outros com exageros e utilizou partes de outras notas sem citar fontes.
Os resultados da investigação do jornal contradisseram os relatos de Kelley explicando a noite que passou com terroristas egípcios em 1997, as conversas que manteve com um colono judeu em 2001 e as ameaças proferidas por um estudante paquistanês, que em 2001 apontava para uma foto da Torre Sears de Chicago e afirmava: “esta é minha”.
O jornal também não encontrou evidências de seus supostos encontros com terroristas que cruzavam a fronteira entre Paquistão e Afeganistão em 2002, sua entrevista com a filha de um general iraquiano em 2003 e, inclusive, sua busca por Osama Bin Laden em 2003.
Kelley foi várias vezes candidato ao prêmio Pulitzer, o mais importante da imprensa americana.
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