Não houve acordo quinta-feira na reunião de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), em São Paulo, entre representantes do Sindiserv (Sindicato dos Servidores Públicos) e da Prefeitura de Santo André. O TRT media o pedido de julgamento de dissídio do funcionalismo, que ocorre em abril. Entre as reivindicações dos sindicalistas está a reposição da perda salarial de 47,31% que a categoria teria tido nos últimos dez anos, o não desconto dos dias parados da greve iniciada no último dia 16, e concessão de abono de R$ 150,00 para quem ganha até R$ 1 mil e R$ 100,00 para os que ganham acima disso.

Como a Prefeitura recusou todas as propostas – exceto o desconto dos dias parados para efeito da concessão de licença-prêmio – o TRT deu prazo de cinco dias para que as partes cheguem a um acordo. Caso isso não aconteça, será marcada uma data para o julgamento do caso, o que deve ocorrer em torno de 15 dias.

Em assembléia realizada no final da tarde, os dirigentes do sindicato decidiram manter a greve suspensa até o julgamento do TRT. A paralisação, que contou com baixa adesão dos servidores, foi suspensa na segunda-feira. “Já voltamos ao trabalho, mas continuaremos conversando com os servidores sobre a possibilidade de pararmos novamente caso não haja acordo”, disse Jaime Almeida, diretor do Sindiserv.

Há 15 dias, a Câmara Municipal de Santo André aprovou projeto de lei do Executivo que prorroga por 60 dias acordo coletivo feito em 2004. O sindicato protestou, mas com a intervenção de um grupo de vereadores aceitou voltar às negociações com a Prefeitura.