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Clínicas particulares poderão vender vacina contra o rotavírus
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
14/07/2005 | 08:01
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) forneceu ao laboratório norte-americano Glaxo Smith Kline licença para a produção do Rotarix. Trata-se da primeira vacina contra o rotavírus. O medicamento já é vendido em alguns países da América Latina, como o México. No Brasil, a previsão é que comece a ser comercializado em clínicas particulares ainda neste trimestre, mas sua inclusão no calendário nacional de vacinação ainda depende de algumas avaliações de mercado. A dose será ministrada via oral. Ainda não há estimativa do custo do medicamento.

A proposta é que a vacina seja aplicada em bebês recém-nascidos, imunizando, assim, a criança desde o momento do nascimento. É uma tentativa de evitar possíveis surtos ou epidemias, principalmente no inverno. Esta é a estação do ano em que o rotavírus se prolifera com mais freqüência, por conta de as pessoas permanecerem em ambientes fechados.

O Ministério da Saúde informou que não há tempo para que a vacina seja incluída na próxima campanha de vacinação, programada para o próximo mês. De acordo com o Ministério da Saúde, a produção em massa da vacina e sua eventual distribuição gratuita está vinculada a uma série de avaliações preliminares que o governo deve realizar.

Para que o Rotarix entre no calendário nacional de vacinação, o governo federal ainda deve concluir algumas etapas. Uma delas será em relação ao custo/benefício da produção do medicamento para imunização. Para que seja oferecido nas campanhas anuais, o Brasil terá de comprar tecnologia para produzir a vacina em território nacional. Isso porque a importação encareceria os custos, o que não compensaria ao governo uma eventual distribuição.

O Ministério da Saúde deve ainda analisar a quantidade de crianças que morrem por ano em decorrência da doença antes de incluir o medicamento no calendário de vacinação. Outra ponderação será a comparação entre o custo da internação dos pacientes com a doença contra o custo para a produção da vacina.

Rotavírus - O rotavírus se alastra rapidamente no organismo, se alojando no intestino. Pode surgir com um quadro leve de diarréia líquida com duração limitada. Em média, os sintomas não duram mais do que cinco dias. No entanto, a infecção pode chegar à desidratar o organismo, bem como provocar febre e vômito. Já houve registro em que o paciente chegou a perder 20% do peso. Porém, há casos em que a infecção não apresenta sintomas.

O vírus é eliminado em alta quantidade nas fezes. A transmissão é via fecal-oral, por água ou alimentos, contato com pessoas ou objetos contaminados ou por secreção respiratória. O agente causador é um vírus da família dos Reovirida, do gênero rotavírus.

Para evitar o contagio, recomenda-se lavar bem alimentos crus antes do consumo e aumentar os cuidados após o uso de banheiros.

O que é o Rotavírus?

O vírus fica no ar. A incidência de infecção é maior no inverno e as crianças são as mais vulneráveis à contaminação, principalmente quando estão com baixa resistência.

O ciclo virótico da doença dura em média entre três e cinco dias e se encerra naturalmente.

O tratamento deve ser iniciado logo que se percebe os sintomas para que seja evitada a desidratação.

Para prevenir a doença a recomendação é lavar bem frutas e verduras e ter cuidado na higiene após o uso do banheiro.




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