Os montadores de móveis da Casas Bahia querem melhores condições de trabalho e, caso não forem atendidos, há a possibilidade de paralisação do setor.

Segundo o Sindicato dos Empregados do Comércio do ABC, esses profissionais estão pedindo para a maior rede varejista da América Latina a contratação de auxiliares para o serviço, pois, atualmente, todo o trabalho de montagem é feito unicamente por uma pessoa.

“A reclamação é que estão sobrecarregados. E têm razão. Imagina o que é montar um dormitório grande sozinho e ainda carregar todas as caixas”, diz Minervino Ferreira, presidente do sindicato.

Na última semana, a entidade de representação dos trabalhadores se reuniu com a Casas Bahia, mas no primeiro encontro a proposta dos montadores foi rejeitada. “Eles alegam que há seis mil trabalhadores no Brasil nessa área e que, se atender a região, vão ter que atender a todos”, conta o sindicalista. Neste domingo será realizada uma assembléia com cerca de 500 montadores do Grande ABC em frente ao Centro de Distribuição de São Bernardo para informar a posição da empresa.

Segundo Ferreira há possibilidade até de greve por conta da intransigência da rede varejista, mas que só será feita em último caso. “Nesta semana vamos buscar novas negociações. Mas não tem jeito. Os montadores querem um auxiliar. E se for necessário, faremos paralisação”, afirma.

Além de ajudantes, os trabalhadores também reivindicam o fornecimento de equipamentos de segurança e uniformes. Outro problema relatado pelos montadores é a questão da revista, feita muitas vezes por clientes ao fim dos trabalhos, situação considera constrangedora pela classe.