Uma menina de 11 anos teve o dedo mindinho da mão direita preso na porta de uma sala de aula na Escola Estadual Antônio Adib Chamas, no Jardim Santa Cristina, em Santo André. O responsável foi um colega, que bateu a porta e, acidentalmente, prensou o dedo. Os médicos não descartam a possibilidade de amputação, caso a cicatrização não seja satisfatória, e a mãe, Maria Cristina Costa Alves, culpa a escola por omissão de socorro.

Este é o segundo caso na mesma semana de agressões semelhantes em sala de aula. Na quinta-feira passada, a professora Eunice Martins dos Santos, 47 anos, teve a ponta do dedo decepada após um aluno prender sua mão na porta. O caso ocorreu na Emeb (Escola Municipal de Ensino Básico) Marineida Meneghelli de Lucca, em São Bernardo.

No caso de Thaís Andreza, na terça da mesma semana, a mãe Maria Cristina disse que ela tinha acabado de chegar à escola. Antes do início da aula, procurou duas amigas em outra sala. “Quando foi entrar, o menino chutou a porta e o dedo dela foi esmagado”, diz.

Ao ver a ponta do dedo pendurada só pela pele, entrou em desespero. Foi à secretaria, mas não havia ninguém. O funcionário estava num telefone público em frente à escola. O portão da rua estava aberto e ela foi para casa, onde foi socorrida pela irmã mais velha.

Thaís ficou uma semana internada. “Ela passou por cirurgia para reimplantar a ponta do dedo e precisamos voltar todos os dias para fazer o curativo. Na semana que vem, os médicos vão analisar se terá de amputar”, diz a mãe.