Ainda estava escuro quando um Tempra branco encostou no caminhão de L.A.S., 30 anos. Vários homens armados – a vítima não soube precisar quantos – desceram do carro e obrigaram o motorista a abandonar o caminhão. “Disseram para eu olhar para baixo e sair logo porque era um assalto”, contou L.A.S..
O motorista foi levado a um matagal próximo à represa Billings. Ele só foi liberado quando um dos ladrões foi avisado pelo celular que o roubo havia falhado.
O plano foi frustrado porque uma testemunha do roubo ligou para a polícia e informou que um dos criminosos teria dirigido o caminhão até a avenida João Firmino, no bairro Assunção. A Polícia Militar encontrou o veículo já bem próximo da via Anchieta. O caminhão era dirigido por Mário dos Santos, 43 anos.
Segundo os militares, o acusado se rendeu e disse que levaria o caminhão a um pessoal na rua Miro Vettorazzo, no bairro Demarchi. Lá, os policiais encontraram um Vectra estacionado com pessoas em volta. Quando a polícia se aproximou, o bando começou a atirar.
Um dos criminosos arrancou o Vectra, enquanto outro ficou pendurado na janela direita do carro e continuou atirando na polícia, que respondeu aos disparos. Foram cerca de dez tiros. Ninguém se feriu. “Havia umas cinco pessoas no local, mas infelizmente perdemos alguns de vista”, disse o tenente Marcos Albino.
Segundo a polícia, durante parte da perseguição, que se estendeu por cinco quilôme-tros, um dos acusados permaneceu pendurado na janela do Vectra. A polícia armou um bloqueio no cruzamento da rua Matilde Ferrari Marçon com a avenida Maria Servidei Demarchi.
Após outro tiroteio, a polícia convenceu os acusados a se entregarem. Foram presos o impressor Irenildo Teófilo Costa, 27 anos, e o eletricista Edmilson Cabral da Silva, 24. Eles negaram participação no roubo e que tenham trocado tiros com a polícia. “Tudo isso aconteceu porque já temos problemas com a polícia, mas não queremos falar nada”, disse Cabral ao Diário.
Costa e Santos têm ficha criminal por roubo. Cabral, por porte ilegal de arma. Como o dono do caminhão não os reconheceu, eles serão indiciados por receptação e, se condenados, podem pegar de 1 a 4 anos de reclusão. “Com certeza a quadrilha é maior. Precisamos saber quem e quantos estão envolvidos”, disse o delegado titular do 3º DP, Frederico Prouse.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.