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Obras em Cumbica e Congonhas sairão caro
Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
06/08/2007 | 07:17
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O preço das desapropriações sugeridas para a vizinhança de Congonhas e Cumbica pode causar um furo no orçamento do governo e, de acordo com as cifras, impedir as negociações entre moradores e poder público. Ainda não há estudos que determinem valores.

Especialistas em urbanização e direito imobiliário garantem que o Estado não pode mais abusar de seu poder para usar áreas consideradas de utilidade pública.

“Com a lei de responsabilidade fiscal, as desapropriações só podem ser feitas com recursos aprovados para pagamento de indenizações”, diz o professor de Direito Administrativo da PUC (Pontifícia Universidade Católica) Márcio Cammarosano.

A urbanista da USP (Universidade de São Paulo) Silvana Zioni diz que a engenharia brasileira tem condições de realizar qualquer obra, independentemente da compatibilidade urbana.

Condições - “A questão é saber se podemos conviver com tais obras. Em Cumbica, as mudanças podem ser favoráveis à população, que vive em condições ruins, mas, em Congonhas, é impossível. Além da questão financeira, há a dificuldade de administrar áreas vazias.”

Para os moradores do Jabaquara, a questão inclui fatores emocionais. “Minha família toda mora aqui. Temos laços que não podem ser desfeitos de uma hora para outra. Isso virou moda no Brasil. Sempre que há um problema, as pessoas querem saber quanto custa para resolver. Não quero indenização. Não acho que a vida das pessoas tenha preço, mas valor”, diz o comerciante Fernando Feijó, 26 anos.



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