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Economia em alta faz setor gráfico crescer 10% no ABC
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
13/01/2005 | 16:18
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O cenário econômico mais favorável em 2004 imprimiu bons resultados ao setor gráfico do Grande ABC, que registrou crescimento de vendas de pelo menos 10% em comparação com 2003. A expansão do segmento na região acompanhou a da indústria gráfica brasileira, considerada um dos termômetro da produção industrial do país. “Está presente em praticamente todos os produtos, seja no manual, na bula, nos rótulos das embalagens. Dessa forma, está vinculado ao PIB (Produto Interno Bruto)”, disse o presidente da Abigraf-SP (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) de São Paulo, Alfried Plöger. Para este ano, há perspectiva mais modesta, de que os resultados sejam 5% melhores que em 2004.

No ano passado, o setor gráfico nacional obteve faturamento global de aproximadamente US$ 5 bilhões, ante os US$ 4,5 bilhões do ano anterior, de acordo com dados da associação. O nível de emprego setorial também melhorou e subiu 4,14% de janeiro a outubro de 2004, com a contratação de 8.105 trabalhadores, três pontos percentuais acima em relação a mesmo período de 2003, quando registrava alta de 1,04%.

Na região, empresas como a Intergraf, de São Bernardo, também tiveram evolução favorável em faturamento e em número de funcionários. Especializada na produção de formulário contínuo e em impressos promocionais, a Intergraf cresceu 27% em faturamento bruto no ano passado. A empresa fechou 2004 com cerca de R$ 20 milhões de receita.

Para o gerente administrativo, Sidney Rodrigues, o crescimento foi algo natural pela melhora da economia em geral. “Na medida em que a atividade econômica cresce, aumenta a emissão de notas fiscais”, afirmou. A gráfica também ampliou em 2004 o quadro de pessoal em 18%, para um total de 150 empregados.

Neste ano, a empresa deverá investir US$ 500 mil em nova máquina para a área de impressos promocionais e fazer pelo menos mais dez contratações de funcionários. A intenção é diversificar mais a área de atuação e reduzir a dependência dos formulários, que correspondem a 75% do faturamento total. Além disso, Rodrigues disse que deverão ser mantidas estratégias de investir em treinamento e em campanhas motivacionais para os trabalhadores. A perspectiva da companhia para 2005 é crescer 20% em vendas.

Outra indústria gráfica da região, a Aquarius, de Diadema, teve crescimento estimado entre 10% e 15% no faturamento no ano passado. A empresa, que também tem quadro de 150 funcionários, é da área de acabamentos gráficos, ou seja, dá o visual final (laminação, verniz, produção da revista, livro e agenda, por exemplo) ao produto impresso.

De acordo com o gerente comercial da Aquarius, Ferdinando Valle, a partir do segundo semestre de 2004 os negócios ficaram mais constantes, depois de altos e baixos nos primeiros meses do ano. Em alguns produtos, as vendas cresceram 50%. “Acreditamos que os efeitos da sazonalidade em 2005 serão menos danosos para a produção. Estamos otimistas”, diz Vale.




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