O comércio varejista do Grande ABC apresentou nos seis primeiros meses do ano um crescimento no faturamento entre 5% e 10% em relação ao mesmo período de 2007.

Segundo uma sondagem da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de São Paulo), a Região Metropolitana de São Paulo deve encerrar o primeiro semestre de 2008 com alta de 5% no ganho setorial.

O presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Diadema, Antonio Celso Ruiz, afirma que, em razão do potencial industrial da região, o centro comercial da cidade registrou a expansão de 6,5% em comparação com igual período do ano anterior.

"Como temos empresas que fazem parte da cadeia automobilística, o crescimento desse setor beneficiou o comércio da cidade. Hoje, os consumidores estão mais confiantes e com o mais dinheiro no bolso, e essa combinação reflete em número positivos", aponta Ruiz.

Segundo ele, o resultado positivo apurado teve como base a amostra das consultas realizadas no banco de dados do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) na cidade.

Outra cidade favorecida com a expansão dos negócios no Grande ABC foi Santo André. Com números ainda mais otimistas, o presidente da SOL (Sociedade Oliveira Lima), Hélio Farber, afirma que o município apresentou alta de 10% em comparação com o desempenho do ano passado.

"Como a maioria está pagando com cartão de crédito ou à vista (quando o estabelecimento oferece desconto nesse meio de pagamento), o valor das compras tem sido mais altas. Isso incrementou automaticamente o faturamento das lojas", explica Farber.

Ele assegura que, mesmo em junho, normalmente um mês fraco para o varejo, em razão de não ter datas comemorativas, o centro comercial andreense conseguiu atrair muitos clientes, antecipando as promoção de troca da coleção de inverno.

Mauá também registrou alta nos negócios. Segundo lojas do Mauá Plaza, o resultado no início do ano foi cerca de 5%. "A meta de crescer 15% no ano continua de pé", diz a gerente de vendas da Hortelã Modas, Vanessa Barbosa Consentino.