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Plataformas têm 8.244 estrangeiros
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31/08/2010 | 06:08
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O número de autorizações para a atuação de profissionais de fora do País em embarcações e plataformas estrangeiras em operação no Brasil subiu 24% no primeiro semestre. O número passou de 6.670 de janeiro a junho de 2009 para 8.244 no mesmo período deste ano, informou o presidente do CNI (Conselho Nacional de Imigração), Paulo Sergio de Almeida. Na comparação com 2008, o aumento foi de 54%.

"O setor de prospecção e exploração de petróleo e gás é um dos que mais investem e crescem no País, fazendo uso de equipamentos importados e, consequentemente, necessitando do ingresso de mão de obra estrangeira para tripular as embarcações", disse Almeida.

O presidente do órgão afirmou ainda que o mercado brasileiro não consegue suprir o volume de embarcações necessário.

O aumento de estrangeiros, decorrente do crescimento vigoroso do setor de óleo e gás, também é reflexo da escassez de profissionais especializados no Brasil, relatou a presidente do SindaRio (Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Rio), Marianne Von Lachmann. "A escassez de mão de obra marítima gera tensão imensa. Não há tripulantes oficiais."

Em resposta à falta de brasileiros preparados para ocupar as vagas que surgem, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, comprometeu-se a tentar buscar solução. "Não posso tirar emprego de brasileiros, mas não dá para impedir o setor de crescer e gerar mais empregos indiretos", disse Lupi.

As contratações em embarcações estrangeiras são reguladas pela Resolução 72 do CNI, que estipula os porcentuais mínimos de trabalhadores brasileiros que devem ser admitidos de acordo com o tempo de permanência do navio ou da plataforma estrangeira no País.

No primeiro semestre deste ano, as autorizações para a vinda de profissionais de fora do País representaram 37% das permissões emitidas para a atuação de estrangeiros no País. No período foram concedidas cerca de 22 mil autorizações para trabalhadores de todos os setores.




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