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Polícia francesa investiga venda na internet de cabelo de Ramsés II
Da AFP
28/11/2006 | 18:26
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A polícia francesa investiga a venda de "mechas de cabelo de Ramsés II" na internet, segundo um anúncio publicado por um vendedor anônimo que gerou a indignação dos arqueólogos.

O lote, formado por "mechas" de cabelo do faraó mais famoso (com fotos e certificados de sua "autenticidade") e faixas e resina de embalsamamento, está à venda na página internet www.vivastreet.fr entre 2.000 e 2.500 euros (2.630 e 3.290 dólares), "segundo a quantidade e a qualidade das amostras".

O vendedor garante ter estas peças porque seu pai fazia parte de uma equipe francesa de cientistas que analisou a múmia de Ramsés II, que reinou no Antigo Egito entre 1279 e 1213 a.C..

Pouco depois da publicação do anúncio, a polícia francesa abriu uma investigação sobre o caso, informou à AFP o arqueólogo Christian Leblanc, um dos maiores especialistas neste faraó.

"Infelizmente, pode ser verdade" que as mechas sejam autênticas, disse Leblanc, antes de afirmar que, se assim for, se trata de "um escândalo" e de um fato "lamentável e inaceitável".

O anônimo vendedor se limita a se identificar como morador de Saint-Egreve, no leste da França.

"Devo ser o único no mundo a possuir tais amostras", gaba-se o anunciante, justificando o preço das peças por "nunca mais haver coleta de amostras da múmia", pois o cadáver embalsamado de Ramsés II se encontra atualmente no Museu do Cairo.

Esta múmia foi enviada à França há 30 anos para determinar as causas do estranho mal que carcomia o cadáver do último grande faraó, finalmente atribuídas a um fungo pouco comum, o deadelea biennis fries.

Desde então, nenhum outro cadáver de faraó deixou o Egito, para onde foi repatriada a múmia de Ramsés II assim que terminou seu tratamento com raios gama pelo Comissariado de Energia Atômica (CEA), em maio de 1977.



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