Bíscaro afirmou: "Eu soube que o Washington (Rodrigues de Oliveira, relator do caso) estava pensando em mudar seu voto e comuniquei ao Oeste. Eles me chamaram e falaram para eu pegar o caso e perguntavam quanto eu queria. Daí eu pedi um valor alto. De R$ 200 mil."
Como os dirigentes do Oeste estavam pedindo para diminuir o valor, Bíscaro argumentou que a quantia precisava ser alta porque tinha de distribuir o dinheiro para várias pessoas, sugerindo a existência de um esquema corrupto no Tribunal de Justiça Desportiva.
O detalhe é que Bíscaro isentou a participação de Washington no caso. Chegou, inclusive, a pedir desculpas publicamente. Washington, por sua vez, disse que está muito chateado com tudo que aconteceu. "Eu me sinto como no caso da Escola Base. Me acusam de várias coisas e não há provas, mas a minha imagem foi prejudicada. Confiança é algo difícil de se conquistar e fácil de perder", reclamou.
O auditor evita fazer uma avaliação do que aconteceu. Tudo leva a crer que Bíscaro pediu dinheiro ao Oeste e envolveu seu nome. "Tudo que sei é que fui acusado injustamente, tratado como criminoso por dez delegados e todos me consideram um criminoso. Foi uma experiência traumática", disse o relator, que não pretende mais voltar ao TJD. "Acho que não há mais condições de isso ocorrer. Quero voltar lá só para provar a minha inocência e pedir minha saída do cargo."
Para os representantes do Oeste, no entanto, tudo não passa de uma encenação. "A extorsão existiu e é evidente que os dois estão juntos nessa. Todas as evidências indicam isso. Eles combinaram uma linha de defesa e estão fazendo esse jogo", disse o deputado estadual Geraldo Vinholi, patrono do time.
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