O técnico Ricardo Gomes prefere ignorar que seu futuro está em jogo no confronto de hoje, contra o Universitario, pela Copa Libertadores. Uma eliminação pode custar o emprego do treinador, que tem contrato até o fim da competição sul-americana, e pode provocar mudanças no elenco tricolor.

Experiente, o ex-zagueiro sabe que a mesma torcida que o chamou de burro na última partida no Morumbi, contra o Once Caldas, pode ovacioná-lo.

"Se o time não jogar bem, não vão aplaudir o treinador. É assim na vida e sempre será. Tenho a responsabilidade e não dá para mudar isso", garante.

A boa notícia do comandante é que poderá contar com Cicinho, que ontem treinou normalmente e as dores no ombro direito não devem impedi-lo de atuar. Assim, a única alteração em relação ao jogo de ida é a entrada de Junior Cesar no lugar do suspenso Richarlyson.

Ricardo Gomes exige seriedade do time para enfrentar um adversário teoricamente mais fraco. "Favoritismo não ganha jogo. Precisamos ter cuidado, mas acredito na vitória. A responsabilidade é nossa".

Desde o início do ano, o São Paulo colocou a Libertadores como a prioridade da temporada. Montou elenco grande, contratou muitos jogadores, mas ainda não emplacou sequência de bons jogos.

Por essa razão, o técnico sabe que o time não terá vida fácil e está preocupado em como furar a defesa peruana, que sofreu apenas dois gols em sete jogos.

O Universitario deve entrar em campo com o mesmo time do primeiro confronto, em Lima.Os peruanos estão otimistas de que podem voltar para casa com a vaga. "Eles acham que terão vida fácil, mas estão enganados", provoca o volante Rainer Torres.