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Helena Ranaldi vive a polêmica professora Raquel
Renata Petrocelli
Da TV Press
19/04/2003 | 17:05
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Ser professora de Educação Física nunca passou pela cabeça de Helena Ranaldi. Mas esta foi a faculdade que ela resolveu cursar enquanto resistia à vocação artística. Depois de 13 anos trabalhando como atriz, Helena garante que precisará de umas aulas caso tenha de mostrar serviço em Mulheres Apaixonadas, na qual interpreta Raquel. “Sou formada há muitos anos, nunca trabalhei com isso e não sei o que fazer”, diz, num misto de preocupação e divertimento.

Tão despojada e adepta de uma vida saudável quanto a personagem Raquel, Helena procura coincidências entre as duas. A principal é o impulso profissional na saída de São Paulo para o Rio, que a atriz viveu no começo da carreira. A sensação de deixar tudo para trás em busca de uma vida nova já serviu de inspiração. “Mas as semelhanças terminam por aí”, afirma. É que a professora Raquel foge de uma relação do passado mal resolvida. Os detalhes ainda são mantidos em segredo pelo autor, Manoel Carlos, mas a situação envolve violência doméstica.

Helena faz questão de dizer ainda que dificilmente teria um envolvimento com um menino de 18 anos, como o que acontece entre Raquel e Fred, personagem de Pedro Furtado. “Acho uma relação difícil e, além disso, sempre tive uma queda por homens mais velhos”, diz. Na sua opinião, a dificuldade maior reside no fato de serem professora e aluno.

Na vida pessoal, Helena também já teve medo de misturar as coisas. Casada com o diretor Ricardo Waddington – responsável por Mulheres Apaixonadas –, ela temia levar os problemas de casa para o trabalho. Mas isso ficou no passado. “Trabalhamos bem juntos. Isso pode ser uma questão para o público, para a imprensa, mas deixou de ser para mim”, afirma.

Pergunta - O fato de se envolver com um menino de 18 anos pesou na construção da Raquel?
Helena Ranaldi - Minha preocupação inicial, assim como a do autor, é a de apresentar a personagem. O relacionamento é uma coisa que acontece depois. No início, os dois personagens têm uma empatia muito grande. Não existe atração física. É a própria história de vida dos dois que conduzirá a isso.

Pergunta - Você acha que o preconceito é maior por ela ser professora e ele aluno?
Helena - Sim, porque deixa de ser um problema só dos dois. O fato de uma mulher viver um romance com um garoto não diz respeito a mais ninguém a não ser a eles próprios. Neste caso, tem a situação profissional. Possivelmente isso vai trazer um problema enorme para ela, para a escola, para a mãe deste menino.

Pergunta - Como o público tem reagido à possibilidade do romance entre os dois? Helena - Se o envolvimento acontecesse de cara, nem eu acreditaria. Mas as coisas estão andando aos poucos, e chegará uma hora que o próprio público vai querer que aconteça.




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