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Brasileiros conduzem o Porto ao título da Liga dos Campeões
Fernão Silveira
Do Diário OnLine
26/05/2004 | 18:25
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A participação de três brasileiros foi fundamental para conduzir o Futebol Clube do Porto ao título da Liga dos Campeões da Uefa 2003/2004. Puxados por Deco, Carlos Alberto e Derlei, os 'Dragões' venceram o Mônaco por 3 a 0, nesta quarta-feira, no estádio Arena Auf Schalke (em Gelsenkirchen, Alemanha). É o segundo título europeu conquistado pelo Porto, que levantou a taça prateada na temporada 86/87.

A 'festa portuguesa com certeza' que tomou conta de Gelsenkirchen – e da Europa – foi ditada pelo ritmo de três brasileiros que defendem o Porto. Carlos Alberto e Deco balançaram a rede. Derlei passou em branco, mas deu as assistências que permitiram os tentos de Deco e de Alenitchev.

Numa final entre duas equipes consideradas 'zebras', pois deixaram para trás poderosos da estirpe de Real Madrid, Arsenal, Manchester United e Milan, os 'Dragões' atropelaram o time do principado francês.

Mas o currículo do Porto sob o comando do técnico José Mourinho desfaz qualquer surpresa em torno da conquista alviceleste. Aos 41 anos, José Mário Santos Mourinho Félix conquistou o bicampeonato Português (2002/2003 e 2003/2004), a Copa da Uefa (2002/2003) e a Copa dos Campeões da Uefa (2003/2004) nas últimas duas temporadas.

Em dezembro, no Japão, Mourinho terá a chance de coroar a trajetória perfeita do Porto com o título do Mundial Interclubes. O adversário dos 'Dragões' será o campeão da Copa Libertadores da América, que entra agora em sua fase semifinal.

Em ano de Eurocopa, que será disputada em solo lusitano, a partir de junho próximo, o Porto só reforçou a condição de Portugal como centro máximo do futebol no Velho Continente.

Brasileiros na rede - Talvez por gozarem da condição de 'zebras', Porto e Mônaco fizeram uma decisão bastante ofensiva e aberta tecnicamente – coisa rara para os geralmente sonolentos duelos decisivos entre os 'grandes' times europeus.

O jogo já começou quente em Gelsenkirchen e as duas equipes criaram boas chances de gol ainda nos sete minutos iniciais – uma para cada lado. O Mônaco, comandado pelo técnico Didier Deschamps, começou a cair de desempenho com a saída do armador Giuly, machucado, na metade do primeiro tempo. Era a chance que o Porto precisava para romper a linha do equilíbrio e largar na frente.

Aos 39, o lateral Paulo Ferreira cruzou na área pela direita e Carlos Alberto conseguiu dominar no meio de dois zagueiros. Mesmo depois de errar na primeira tentativa, o brasileiro acertou o pé na seqüência e encobriu o goleiro Roma: 1 a 0 Porto.

O jogo ficou ainda mais aberto e veloz no segundo tempo. A desvantagem no placar obrigou o Mônaco a se lançar ao ataque, abrindo espaços para o Porto ameaçar na base dos contragolpes.

E foi assim que a rede balançou novamente, aos 26. Deco recebeu de Derlei dentro da área e deslocou o goleiro Roma com um toque no canto. Confortavelmente instalado nas tribunas do Arena Auf Schalke, o príncipe Albert de Mônaco perdeu a majestade ao ver o segundo gol e levantou-se das cadeiras praguejando contra o resultado.

O fecho de ouro para o título português também teve toque brasileiro. Aos 30, Derlei serviu na medida para o russo Alenitchev (substituto de Carlos Alberto) invadir a área livremente e só fuzilar na saída do goleiro monegasco. Placar final: 3 a 0.




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