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Lloyds TBS acredita que juros só caiam em março
Do Diário do Grande ABC
15/02/2000 | 11:31
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A análise semanal da economia brasileira do Lloyds TBS, divulgada, nesta terça-feira, mostra que a sondagem semanal, feita pelo Banco Central, junto a diversos analistas, aponta para um IPCA de 6,91% no ano, ou seja, ainda acima da meta de 6% estabelecida para 2000. O relatório destaca que os reflexos da reduçao nos juros em 99, já começam a ser sentidos na atividade econômica, que no quarto trimestre do ano passado registrou um significativo crescimento (1,42% dessazonalizado). "Acreditamos que os juros devem ceder em até 2 pontos percentuais neste ano", diz o Lloyds. "Mas parece-nos que o início do processo talvez nao se verifique agora, mas a partir de março ou abril. Nada impede, porém, que o viés seja mudado de neutro para positivo, indicando que a intençao do BC é reduzir, assim que possível, o juro básico".

A análise acentua que as atençoes na semana estao voltadas para a reuniao do Copom que começa nesta terça-feira e prossegue até esta quarta-feira. Diante dos melhores números de inflaçao e da estabilidade do mercado cambial, parte do mercado começa a aventar a possibilidade de uma reduçao da Selic já nesta reuniao. "Acreditamos, porém, que o Copom tende a optar pela manutençao da taxa, em funçao dos seguintes motivos: a) o cenário internacional continua apontando para novas altas na taxa de juros norte-americanas (as taxas de inflaçao de janeiro nos EUA, serao divulgadas na quinta e sexta- feiras, depois da reuniao do Copom); b) o preço do petróleo nao vem recuando como se esperava e a cotaçao atinge patamar recorde em 9 anos (a ata do Copom de janeiro trabalhava com recuo dos preços já no curto prazo".

Câmbio - De acordo com o Lloyds apesar da volatilidade no mercado internacional, sobretudo no mercado acionário, o câmbio vem se comportando de maneira muito tranqüila nos últimos dias. A cotaçao do dólar vem ficando próxima a R$ 1,77, com baixa volatilidade. Esse comportamento é importante, tanto no tocante a inflaçao no curto prazo, como também pode servir como um incentivo às empresas brasileiras voltarem a captar no mercado internacional.

Sobre este último ponto, segundo o Lloyds, "merece destaque a emissao do BNDES de um Eurobônus de 5 anos, no total de EU 200 milhoes (Euros). Essa emissao é importante pois pode ser um referencial para novas emissoes privadas de mais longo prazo".




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