O estudante Bruno Arnoud Pereira, 20 anos, de Santo André, não é nenhum expert em computadores, mas começou a estranhar a lentidão de sua máquina, um micro com 1 Gb de memória.

O aparelho foi comprado há um ano, na loja Best Informática, na Avenida Dom Pedro II.

Depois de vasculhar vírus pelo computador e nada encontrar, ele teve uma surpresa: a memória da máquina era de apenas 512 Mb.

“A constatação foi de uns amigos meus que trabalham com informática”, conta Pereira.

De acordo com o estudante, funcionários da loja colocaram um “ok” na nota fiscal onde constava a suposta peça de 1 Gb. “Quando voltei para reclamar, disseram que isso é um controle interno, mostrando que está tudo bem com o aparelho”, conta Pereira. “Eles deram a entender que fui eu quem mexeu no no micro.”

Pereira ainda está pagando parte dos R$ 4 mil que desembolsou. “Já comprei um micro com autonomia para não ter dor de cabeça, mas não foi isso o que aconteceu”, lamenta.

Reincidente -  Bruno Arnoud Pereira caiu na mesma propaganda enganosa que a socióloga Nagela Cristina de Oliveira relatou ao Diário, na edição de 14 de abril.  Ela também recebeu memória inferior a que havia comprado na Best Informática.

Assim como na primeira ocasião em que foi procurada, a Best Informática mais uma vez não retornou à solicitação da reportagem que a procurou por duas semanas. De acordo com o Procon, o estabelecimento pode ser denunciado à polícia, pois não houve um caso isolado.