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Lucro nas aplicações será afetado por Páscoa e Copom
Por Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
06/04/2006 | 08:48
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O menor número de dias úteis em abril por força dos feriados de Páscoa e Tiradentes – 18 úteis ante 23 em março – e a expectativa de corte na taxa de juros pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que se reúne nos dias 18 e 19 deste mês, são dois fatores que vão reduzir a projeção ‘nominal’ das aplicações financeiras.

Por exemplo, os fundos referenciados DI (que aplicam o dinheiro dos investidores em CDB, CDI e títulos do Tesouro Nacional), que nos últimos dias de março estavam rendendo, em média, 0,07% ao dia, contabilizaram um rendimento bruto nominal de 1,34% até 30 de março.

Projetando esse desempenho ‘diário’ pelos 18 dias úteis de abril, a expectativa de ganho nominal cai para 1,27%. Esse fundo, além dos renda fixa tradicionais e dos renda fixa crédito (que aplicam o dinheiro em CDB, CDI, títulos de Tesouro e derivativos no mercado futuro) seriam os de maior potencial de lucros neste mês.

Na linha contrária, os renda fixa multi-índices (iguais aos renda fixa crédito, mas não aplicam em ativos pós-fixados – IGP-M), multimercados sem renda variável (aplicam em renda fixa e dólar, menos ações), previdência DI (igual aos referenciados DI) e previdência multimercado sem renda variável (igual aos multimercados sem renda variável) seriam os de menor potencial de ganhos, com 0,9% de rendimento nominal no mês.

Vale lembrar que essas são apenas projeções baseadas no comportamento diário desses fundos observado em março e prospectado para abril. Os cálculos não levam em conta a ação e forma de administração de cada gestor de fundos de investimento (cada um tem uma estratégia para aplicar o dinheiro dos clientes), sem contar que o portfólio de cada fundo tem uma curva de resposta diferenciada em relação a momentos como esse, de corte da taxa básica de juros, a Selic, por exemplo.

Mas todos os fundos analisados garantirão ganho real versus a inflação, que tende a oscilar entre 0,25% e 0,45% neste mês.




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