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Sem campo para treinar, Sto.André vira ‘nômade’ na Série B nacional
Analy Cristofani
Do Diário do Grande ABC
11/08/2005 | 09:00
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A reforma do gramado do estádio Bruno Daniel e a falta de campos em condições de treinamento são os motivos que acabaram transformando o Santo André em nômade. Jogadores e comissão técnica nunca sabem qual o local disponível para trabalhar. Nesta quarta, sem opção, o técnico Sérgio Soares foi parar no Centro de Treinamento do Pão de Açúcar, em São Paulo. “Fazer o quê? Pelo menos lá temos um gramado em condições para trabalhar. Os campos aqui de Santo André não dão essas condições: um é pequeno demais, o outro, praticamente sem grama, alguns sem drenagem. Será bom quando tivermos o nosso CT”, disse o treinador do Ramalhão.

A dificuldade é tanta que são cinco ou seis opções diárias para aprovação. Muitas vezes, nenhum deles passa. Como aconteceu na semana passada, quando os jogadores acabaram sendo levados para o ginásio Pedro Dell’Antonia. Quando não, tentam o Chibana, em Ribeirão Pires, distante do clube, o que causa transtorno.

O problema, segundo o presidente do clube, Jairo Livolis, é sério e não é de hoje. “Isso não chega a ser assunto novo, já é antigo. E se agrava no inverno, com as más condições”, explica o dirigente.

A falta de campo para treinar chamou a atenção também do mais novo reforço da equipe, o meia Marco Antônio. O jogador sequer comparou com a estrutura que ele estava acostumado no São Paulo, com três campos no Centro de Treinamento. “Realmente, é o que falta. Mas tenho consciência de que não é só no Santo André. A estrutura do São Paulo não pode ser comparada, é top de linha. É importante ter um centro de treinamento porque isso reflete no jogo. Sem um bom campo, você não tem como treinar alguns fundamentos, por exemplo”, disse o jogador, sem se espantar com a maratona vivida pelo Ramalhão para conseguir encontrar um bom lugar para trabalhar.

Projeto – O projeto para a construção desse local já existe, no Clube de Campo. Mas, segundo Livolis, o Santo André está “subordinado a uma aprovação dos órgãos que controlam o meio ambiente”. “Lá é uma área de manancial e para fazer qualquer deslocamento de terra, precisamos de autorização. Estamos em cima, acompanhando o andamento das coisas, mas não posso movimentar um metro cúbico”, disse o presidente, sem saber quanto tempo isso ainda vai demorar. “Não sei responder isso porque não depende de nós”.




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