Memória Titulo
Os troncos centenários do Dr. Pellegrini

José Armando Pellegrini, que desde ontem divide conosco suas memórias pessoais e profissionais, lembra do tio-avô, Isaac Pelegrini

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
16/04/2011 | 00:00
Compartilhar notícia


José Armando Pellegrini, que desde ontem divide conosco suas memórias pessoais e profissionais, lembra do tio-avô, Isaac Pelegrini, um dos fundadores do Primeiro de Maio FC, em 1913. Isaac tinha um armazém na Rua Santo André e ajudou a criar o irmão mais novo, José Antonio, que perdera a mãe no parto.

Os avôs paternos e maternos de José Armando Pellegrini eram italianos: Pellegrini Giovani e dona Lúcia, de Udine; Vicente Fortini e Rafael Fortini de Nápoles. Duas famílias que vieram diretamente da Itália para Santo André, há mais de um século.

Dr. Pellegrini viveu sempre em Santo André. Lecionou Português, Direito Usual e Legislação Aplicada nos cursos do Instituto Educacional Santo André, atual Iesa, entre 1964 e 1968.

Concursado na Prefeitura de Santo André, atuou sempre tecnicamente em cargos como chefe da Divisão de Contabilidade (governo do prefeito Pedro Dell'Antonia), diretor do Departamento da Fazenda (prefeito Osvaldo Gimenez), secretário da Fazenda nos governos Clovis Sidney Thon, Fioravante Zampol e Newton Brandão.

Foi também presidente da Comissão de Planejamento e Orçamento no governo Zampol, quando se planificou obras municipais importantes, como o Centro Cívico e a Fundação Santo André.

Seu último cargo foi o de secretário de Assuntos Jurídicos, nomeado em junho de 1995 pelo prefeito Newton Brandão.

A FAMÍLIA
José Armando Pellegrini, 81 anos ontem completados, é casado com Elenir Cecconi Pellegrini. O casal teve três filhos: Claudia, nutricionista; Maria Cristina, médica veterinária, precocemente falecida; e José Henrique, médico. Tem duas netas: Maria Eduarda e Ana Carolina.

legenda da foto: Em 1972, a posse como integrante do Rotary Santo André: ao lado do Dr. Haroldo Santos Abreu, secretário jurídico

PASSEATA DO SILÊNCIO

A prisão do julinho
Depoimento: Nasrallah Mohamad Rahal, o Julinho, por telefone

No dia em que as janelas da Câmara Municipal de São Caetano foram apedrejadas, eu estava com o grupo de jovens lá embaixo, na rua. Lembro que joguei uma pedra em direção à casa do prefeito Anacleto Campanella. Ele morava na Rua Santo Antonio, esquina com a Alfredo Maluf, a poucos metros da Câmara. Meio escondido, o prefeito me viu arremessando a pedra e ordenou aos policiais.

- Pega aquele turquinho. Ele não é estudante nem brasileiro, o que veio fazer aqui?

Fomos levados para a delegacia, que ficava na Rua Rio Grande do Sul, esquina com a Rua Baraldi, juntamente com outros jovens, sendo liberados logo depois.

O episódio serviu para a minha aproximação com o Campanella. Ele era mais velho que eu, uns 15 anos. Nos tornamos amigos e parceiros de pôquer.

Campanella brincava comigo. Ao me ver, punha as duas mãos no bolso, simbolizando a defesa da sua carteira. Eu respondia, também brincando: "Nós levamos a fama e vocês a grana".

NEWS SELLER 

Domingo, 16 de abril de 1961 

Manchete - Câmara de Santo André aprova requerimento do vereador Carlos Vicente Cerchiari que propõe salário-família aos trabalhadores

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Quinta-feira, 16 de abril de 1981

Manchete - Litro da gasolina custará Cr$ 66,00 a partir de amanhã; cigarros e leite sobem hoje

Futebol - Ontem à noite pela Divisão de Acesso: em Jundiaí, Paulista 1, Saad 1; no Baetão, Aliança 0, São João da Boa Vista 1.

Movimento sindical - Funcionários da Volkswagen votam redução de dias de salários e de salário.

Trabalhadores

Nasce em 16 de abril:

1912 - José Mauricio do Nascimento Júnior, de Bom Jardim. Contramestre da IRFM. Residia em São Caetano.

Fonte: 1º livro geral de registro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

HOJE

Dia Nacional da Voz.

NAS ONDAS DO RÁDIO 

USP FM (93,7) - Memória. Produção e apresentação: Milton Parron. Trabalhos técnicos: Cido Tavares. Hoje, às 9h.

Trianon AM (740) - Quinta Avenida. Produção e apresentação: Ronaldo Benvenga; coordenação: Lucas Neto. Hoje, às 19h; amanhã, às 9h. Na internet: www.comercialderadio.com.br e www.quintaavenida.mus.br .

Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) - Memória. A obra de Henrique Foreis Domingues, o Almirante: cantor, compositor, escritor, radialista e pioneiro pesquisador da MPB. Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 23h, com reprise amanhã, às 9h.

Pérola da Serra (87,5) - Reminiscências. Produção e apresentação: Américo e Lina Del Corto; e a participação de Octavio David Filho, Idmir Pedro dos Santos, Walter Gallo, Idair F. Santos, Antonio Simões, Pedro Cordeiro e Ademar Bertoldo. Amanhã, das 9h às 12h. Visite o site: www.peroladaserrafm.com.br .

SANTOS DO DIA

Bento José Labre, Bernadete Soubirous, Calisto de Corinto, Gracia, Júlia, Marçal e Penha.

São Bento José Labre (1748-1783) não conseguiu ser religioso, como desejava. Adotou então a condição de mendigo voluntário, e passou a vida em contínua peregrinação a santuários. Faleceu em Roma.

Fontes: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2011; site: www.paulinas.org.br

FALECIMENTOS 

SÃO BERNARDO

Nilza Maria Bellotto, 76. Natural de São Paulo (SP). Nascida em 16-4-1934. Filha de João Bellotto e Teodolinda Boselli Belloto. Anteontem. Anteontem. Cemitério de Vila Euclides.

Ivone Gimenez Gomes, 70. Natural de Ribeirão Bonito (SP). Anteontem. Cemitério da Paulicéia. 

SÃO CAETANO

(Cemitério das Lágrimas)

Danisio Gemignani, 70. Natural de Capão Bonito (SP). Ontem.

Odair Rizzo, 60. Natural de São Caetano. Dia 12.

Sebastiana Bomfim da Silva, 52. Natural de Picos (PI). Dia 9. Cemitério de Vila Euclides.

Luiz Henrique Concori, 47. Natural de São Bernardo. Dia 10.

DIADEMA

Antonio Abreu Filho, 87. Natural de Pocinhos (PB). Anteontem, em São Bernardo. Cemitério Vale da Paz.

NILZA MONTE GARCIA
(São Paulo 8-11-1942 - 10-4-2011)

Nilza marcou o seu nome no basquete e esporte brasileiros e do Grande ABC, como pivô que foi campeã do Ipiranga, Corinthians e Pirelli. Seu feito mais memorável foi marcar o ponto derradeiro, no último instante, que deu a medalha de Bronze ao Brasil no 6º Campeonato Mundial disputado no Ibirapuera, em 1971. Um ponto diante das temíveis japonesas (77 a 76), competição em que Nilza foi a cestinha do Brasil.

Naquele tempo, Nilza fazia o 2º ano da Faculdade de Educação Física de Santos e era professora do curso fundamental em Santo André. "Olha, apesar do muito que já fiz pelo basquete do Brasil, eu não me considero uma jogadora. Eu amo as crianças e é para elas, ensinando, cuidando deles que eu vou me realizar verdadeiramente", declarou Nilza em reportagem de capa publicada pela revista Notícias Pirelli (agosto 1971).

Entre os anos 1960 e 1970 foram memoráveis as disputas do basquete feminino da Pirelli de Nilza, Nadir, Lais com as do São Caetano de Marlene, a que descobriu a Rainha Hortência. Nilza e companheiras desfilando sua arte pelas quadras do Grande ABC.

Campeã brasileira, seis vezes paulista, duas medalhas de ouro no Pan-Americano (1967 e 1971) e três Sul-Americanos (1968, 1970 e 1974) figuram entre as principais conquistas de Nilza.

Nilza formou-se em Educação Física, Pedagogia e Psicologia. Professora universitária, lecionava na FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas). Nascida no bairro do Ipiranga, partiu aos 68 anos e foi sepultada no Cemitério de Vila Mariana, na Capital.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;