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Metalúrgicos fazem ato para lançamento da campanha salarial
Eric Fujita
Do Diário do Grande ABC
02/07/2005 | 07:51
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Mais de 300 sindicalistas participaram na sexta-feira de um ato público que marcou o início da campanha salarial da FEM (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), em frente à sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital. Como em todos os anos, eles entregaram a pauta de reivindicações da categoria para este ano. O Sindicato dos Metalúrgicos do Grande ABC é vinculado a essa federação.

O movimento contou com as presenças das principais lideranças da CUT (Central Única dos Trabalhadores), entre elas o presidente Luiz Marinho e outros líderes sindicais. Entre as principais reivindicações, estão a reposição integral da inflação e um aumento real de salários. A data-base varia de agosto a novembro de acordo com o segmento.

A campanha da FEM abrangerá 19 sindicatos e mais de 300 mil metalúrgicos em todo o Estado - destes, 106 mil ficam na base do Grande ABC. Também estão envolvidos outros importantes sindicatos, responsáveis pela categoria em Taubaté, no Vale do Paraíba, São Carlos e municípios do interior de São Paulo.

A pauta de reivindicações foi aprovada na última semana, nos respectivos sindicatos ligados à federação. Na entidade do Grande ABC, a pauta foi aprovada no último dia 17, em assembléia com mais de 1,2 mil trabalhadores na sede do sindicato.

Agora, a FEM vai elaborar um calendário de reuniões que será apresentado à Fiesp para iniciar as negociações, informou o presidente da CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), Carlos Alberto Grana. As conversações serão com Sinfavea (Sindicato Nacional das Indústrias e Fabricantes de Veículos Automotores), Sindipeças (Sindicato da Indústria de Autopeças) e sindicatos patronais ligados ao grupo 9 (máquinas) e grupo 10 (outros segmentos).

Grana disse que a expectativa para este ano é positiva. Ele afirmou que espera pelo menos repetir o mesmo resultado de 2004. Na ocasião, os metalúrgicos conseguiram a reposição integral da inflação e aumento real de 4%.

"Não existem indicadores negativos que inviabilizem um bom resultado das negociações", avaliou. Porém, Grana não descartou a possibilidade de pressionar as empresas, caso ocorram dificuldades nas conversações.

O dirigente sindical destacou ainda que a negociação da FEM é considerada a mais importante porque serve de base para as reivindicações da categoria em outras regiões do Brasil. Há mais de 1,5 milhão de metalúrgicos em todo o país.

 

Outras reivindicações - Além do reajuste, a FEM pede a manutenção da convenção coletiva, redução da jornada de trabalho, sem corte de salários e o fim das horas extras. As duas últimas medidas são pedidos antigos da CUT para geração de mais empregos nas fábricas.

A federação também pretende unificar as datas-bases - agosto para o setor de máquinas e setembro nas montadoras e autopeças. Em novembro, é a vez do grupo 10 - setor que reúne diferentes tipos de fábricas e o setor aeronáutico. A pauta também prevê um pedido de piso único para toda a categoria e um contrato coletivo nacional de trabalho para os metalúrgicos.



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