Setecidades Titulo Em seis das sete cidades
Internação domiciliar atende 1.444 pessoas

Assistência em casa desafoga leitos em hospitais e garante qualidade de vida aos pacientes

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
01/01/2020 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


“Já faz um ano que meu pai não precisa ficar internado em hospital”, afirma a aposentada Eunice Alves Teixeira, 52 anos, a respeito da evolução do quadro médico do também aposentado Antônio Alves Teixeira, 84. Morador de Ribeirão Pires, ele se recupera de aneurisma sequelado de AVC (Acidente Vascular Cerebral) há pelo menos dois anos e, desde então, foram pelo menos quatro idas e vindas entre a residência e o centro hospitalar. O ciclo só foi interrompido em julho do ano passado, quando o idoso passou a integrar programa municipal de internação domiciliar. Em seis cidades, são 1.444 pacientes atendidos em casa por equipes das prefeituras.

O nome dos programas varia de uma cidade para outra, mas o objetivo é o mesmo: oferecer atendimento especializado e humanizado na casa do doente para priorizar sua qualidade de vida. Na região, Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires dispõem de internação domiciliar. Rio Grande da Serra não respondeu à demanda do Diário até o fechamento desta edição.

Podem ser incluídos na internação domiciliar pacientes com dificuldade de locomoção, quadro clínico estável e que tenham cuidador à disposição todos os dias. Caso de Teixeira, que é atendido pelo programa Melhor em Casa, da Prefeitura de Ribeirão Pires. No total, a administração garante que acompanha 300 doentes da mesma forma. A maior parte dos beneficiados é composta por pessoas com quadro considerado leve, indivíduos que utilizam sondas e têm feridas, por exemplo.

Eunice é quem cuida do pai. Segundo ela, os profissionais do Melhor em Casa visitam o idoso a cada 15 dias. “Sempre acompanho as consultas. Me ensinam como limpar as feridas e deixam medicamentos para durar até a data da próxima consulta.” A família acredita que a internação domiciliar trouxe qualidade de vida para o aposentado. “Hoje ele tem uma equipe cuidando dele, recebe todo a atenção, e é mais confortável estar em casa do que no hospital”, completa ela.

Coordenadora do programa de Ribeirão Pires, a enfermeira Celia Regina de Oliveira destaca que um dos principais benefícios da internação domiciliar está na liberação de leitos hospitalares. “Além disso, familiares ficam próximos do doente auxiliando durante todo o tratamento”, observa. A profissional ressalta ainda que cada paciente tem seu caso avaliado pela equipe do Melhor em Casa mensalmente.




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