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Grande ABC registra duas vítimas fatais por afogamento por mês

Ao todo, 30 pessoas morreram neste ano, ante 35 em 2018; Corpo de Bombeiros destaca ações preventivas e os cuidados necessários

Por Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
31/12/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O Grande ABC registrou média de dois óbitos por afogamento por mês em 2019, totalizando 30 vítimas. No ano passado, foram 35 mortes. As informações são do banco de dados da Coordenadoria Operacional do Corpo de Bombeiros e foram levantadas pelo 8º GB (Grupamento de Bombeiros), responsável pela região, a pedido do Diário.

Do total, 25 casos evoluíram para pesquisa de cadáver, ou seja, quando a pessoa está submersa há pelo menos uma hora, indicando que não está mais com vida, conforme convenção da OMS (Organização Mundial da Saúde). Nas outras cinco ocorrências, as vítimas foram salvas pelos bombeiros até uma hora após o afogamento, porém, não resistiram.

As temperaturas são um dos fatores que mais influenciam nas ocorrências. Exemplo é que só até 11 de fevereiro foram cinco vítimas fatais, resultado do segundo janeiro mais quente desde 1943. E, desde o início do verão desta temporada, no dia 21, já foram duas vítimas. Isso porque as pessoas buscam áreas para se refrescar, principalmente nos braços da Represa Billings.

O tenente-coronel Eduardo Drigo da Silva, comandante 8º GB, afirma que a corporação reforça o efetivo de guarda-vidas nesta época do ano. “São civis que têm habilidade natatória, passam por concurso, são treinados e começam a fazer a parte de prevenção, principalmente nas áreas de represa, como da Prainha (do Riacho Grande) e do Parque Estoril (ambos em São Bernardo).”

A equipe do Diário esteve na Prainha do Riacho Grande no início da tarde de sábado e verificou que ao menos cinco guarda-vidas estavam de prontidão.

RECOMENDAÇÕES

Drigo lembra que banhistas devem evitar consumir bebidas alcoólicas. “O álcool causa uma falsa ilusão nas pessoas. O indivíduo que não sabe nadar, depois de ingerir (álcool) se acha um nadador olímpico, então acaba tentando atravessar até uma ilha que fica no meio da represa ou até um barco mais distante, e só vai tomar consciência que não é um nadador olímpico na hora que ele estiver afundando.”

O comandante do 8º GB destaca que as crianças devem sempre estar sob a supervisão de um adulto, já que um momento de distração é suficiente para um acidente. Ele também adverte que as pessoas busquem locais onde é permitido nadar, pois são áreas monitoradas pelo Corpo de Bombeiros.

Morador da Capital, o segurança Robson Lacerda, 31 anos, estava com 18 crianças na Prainha do Riacho Grande. Ele integra grupo que organizou passeio para crianças da igreja que frequenta aproveitarem as férias e o calor. “Ficam dois ou três adultos na água e dois na areia, assim, não perdemos nenhuma delas de vista.”




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