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Participação nos lucros é adotada por 70% de empresas, diz estudo
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28/11/2004 | 14:08
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Pesquisa realizada pela consultoria Deloitte em outubro mostra que 70% das empresas entrevistadas têm programa de PLR (Participação nos Lucros ou Resultados). Foram consultadas 123 empresas de diversos setores de atividade econômica. No ano passado, esse porcentual era de 64%.

O levantamento indicou que 36% delas já depositaram a primeira parcela da PLR deste ano na conta dos trabalhadores. A maioria (64%) vai pagar o benefício nos próximos cinco meses, após a apuração dos resultados e fechamento dos balanços. "A economia vai receber injeção de recursos novos num período que é tradicionalmente crítico", diz Fabio Mandarano, gerente da Deloitte, responsável pela pesquisa.

No primeiro trimestre, as famílias têm gastos extras com o pagamento de impostos (IPTU e IPVA), matrícula escolar e pagamento das compras de Natal. Por causa disso, as empresas passam por fase já aguardada de vendas fracas, praticamente só com reposição de estoques. Com esse dinheiro, esse quadro poderá mudar.

Não é possível calcular o montante exato de PLR que será pago nesse período, mas a Deloitte fez projeção desse valor. Considerando que nas empresas pesquisadas o benefício corresponde a 7,8% da folha de salários mensal, e que aquelas que farão o pagamento nos próximos meses correspondem a pouco menos de dois terços do total, a consultoria estimou esse valor em 5% da folha de pagamentos.

Segundo o Dieese, o 13º salário corresponde a R$ 30,04 bilhões (sem considerar os aposentados) – 8,33% da remuneração anual (1/12). Com base nesses dados, a Deloitte chegou ao valor estimado de R$ 18,03 bilhões em recursos que podem entrar na economia até abril.

Os programas de PLR começaram a ser aplicados no início do Plano Real. Em dezembro de 1994, apenas 9% das empresas tinham aderido. De lá para cá, ficou mais vantajoso pagar PLR do que dar aumentos de salários. Esse tipo de remuneração não sofre incidência de encargos sociais nem de impostos.




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