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Opinião: Precisamos do 5G para aliviar o congestionamento da rede 4G
Por Da Redação
Do 33Giga
29/10/2019 | 11:48
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*Por Ian Fogg

Com a chegada do 5G em alguns países neste ano, a empolgação inicial está começando a ser substituída por críticas de que as primeiras implementações da rede não serão tão diferentes com relação à quarta geração. O problema dessa análise é que ela confunde potenciais problemas iniciais da quinta geração com a sua real importância para o futuro.

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As redes 4G estão ficando sobrecarregadas. Hoje, podemos ver enormes diferenças na experiência de rede móvel comparando cidades. O sucesso dos smartphones e as tarifas de dados mais baratas impulsionam o uso de dados móveis.

De acordo com a TeleBrasil, em 2018, o Brasil ativou 27,5 milhões de chips 4G, atingindo um total de 130 milhões de aparelhos com 4G operando no país. Isso significa que, a cada segundo, em média, um novo celular 4G foi ativado no país no ano passado.

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Existem grandes flutuações nas velocidades de download de 4G que são, provavelmente, causadas pelo congestionamento na rede, já que as velocidades mais baixas sempre ocorrem quando a demanda por dados móveis é mais alta – por exemplo, no horário em que a população chega em casa do trabalho, pois a maioria se conecta para ver redes sociais ou assistir vídeos via streaming.

Os consumidores precisam do 5G para aliviar o congestionamento nas redes existentes. Caso contrário, as velocidades e outros fatores de experiência na rede móvel piorarão.

As implementações de 5G buscam resolver esses problemas práticos, mas a tecnologia pretende ir além, A meta mais ambiciosa para essa conexão é impulsionar o mercado de Internet das Coisas (IoT).

Segundo a 5G Infrastructure Association (5GIA), o Brasil é um dos quatro países estratégicos para a colaboração conjunta no desenvolvimento de tecnologia, ao lado da China, Japão e Coréia do Sul.

Isso mostra que o país está cada vez mais apto a fazer parte de um cenário em que a IoT fará parte do dia a dia da população, seja para a segurança das grandes cidades, a comunicação entre locais distantes ou para a implementação de projetos de cidades inteligentes.

Com o tempo, os lançamentos de 5G melhorarão a latência móvel – uma medida da capacidade de resposta da rede – que fará com que tudo, da navegação na web até a comunicação de voz sobre IP (VoIP), funcione de maneira mais suave e sem intermitências.

O maior impacto inicial provavelmente será melhorar a experiência do usuário com uma conexão móvel para jogos de vídeo game de ação com vários participantes. Hoje, muitos jogadores do Fortnite ou do PUBG optam por usar o wi-fi ao invés de conexões de celular, devido à latência mais baixa e consistente.

Nas primeiras versões do 5G, o smartphone do usuário irá se conectar a uma rede de quinta geração para transmissão de dados, mas mantendo ainda uma conexão simultânea de 4G. Devido a esse caráter “não autônomo” destas redes, elas ainda não trarão todos benefícios esperados.

A mudança real chegará somente quando as operadoras implantarem um núcleo de rede de quinta geração e lançarem serviço autônomo, quando um smartphone pode se conectar a apenas um sinal de 5G. No Brasil, o mercado ainda engatinha para a implementação do 5G. Portanto, ainda teremos uma fase em que o 5G não será totalmente autônomo, dependendo ainda das frequências 4G para operar.

No início de 2019, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) anunciou a data da venda de frequências para a quinta geração para março de 2020. Serão colocadas à venda 200 MHz na frequência de 3,5 GHz, 100 MHz na frequência de 2,3 GHz e 10 MHz da frequência de 700 MHz. A consulta pública do edital está prevista para o segundo semestre de 2019 e o edital para as frequências ainda não está totalmente estruturado.

Quando você ouvir falar sobre os problemas iniciais do 5G, em 2020, lembre-se que isso vai melhorar e ele estará com todos nós a longo prazo.

E, mais, a indústria precisa do 5G agora para suportar a massa dos smartphones atuais. Com ele, será adicionado capacidade de banda larga móvel para reduzir o congestionamento e permitir que as operadoras continuem a oferecer uma ótima experiência de rede móvel à medida que o uso de dados do smartphone continue a crescer.

* Ian Fogg é vice-presidente de análises da Opensignal

 




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