Economia Titulo Casa própria
Feirão na Capital vende 1
imóvel a cada 5 segundos

Evento da Caixa Econômica Federal, que segue até este domingo, tem 4.790 unidades na região e parcela para 2014

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/05/2013 | 07:22
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Um imóvel vendido a cada cinco segundos. Esse é o ritmo de comercialização que a Caixa Econômica Federal espera alcançar na nona edição do Feirão Caixa da Casa Própria, deste ano, com o qual repetiria o volume de contratos firmados em 2012. Na edição passada, cerca de 61 mil pessoas passaram pelo local, e foram assinados mais de R$ 2,5 bilhões em negócios no evento, correspondendo a 21 mil contratos.

O feirão, que se encerra amanhã no Centro de Exposições Imigrantes, atrai muita gente em busca de um sonho: sair do aluguel e adquirir imóvel para morar. No espaço, são oferecidos, ao todo, mais de 136.780 imóveis, dos quais 55 mil novos e 82 mil usados, distribuídos pela Capital, Região Metropolitana e Baixada Santista. No Grande ABC, só de novos, são 4.790 à venda.

Entre os que correram para conhecer as novidades, ontem, logo na abertura, estava a técnica em enfermagem Tatiana da Paz Silva, 27 anos, que mora em imóvel alugado e aproveitou o dia de folga para se informar com vistas à aquisição de imóvel na faixa de R$ 120 mil em Santo André.

Ter casa própria também é o sonho do técnico em eletrônica Ildson Santana, que junto com sua mulher, Flavia Virginia, procurava apartamento de dois dormitórios na faixa de R$ 200 mil em São Bernardo. Para ele, o evento facilita, por centralizar as ofertas. "Não preciso me deslocar", disse. Assim como eles, o empresário Ricieri dos Reis, com sua mulher, Gabriela, buscava um dois quartos, nesse caso, em Mauá, com preço de até R$ 280 mil. "Hoje (ontem) é certeza, vamos sair do aluguel", afirmou, otimista.

No Grande ABC, segundo estudo do Inpes (Instituto de Pesquisa) da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), em agosto do ano passado, 21,2% das famílias pagavam aluguel.

EXPANSÃO - Para a Caixa, o feirão é importante para impulsionar os negócios. A instituição financeira fechou 2012 com R$ 106 bilhões em contratos habitacionais e a expectativa para este ano é superar os R$ 126 bilhões.

Só nos quatro primeiros meses, foram contratados quase R$ 40 bilhões, mas esse montante deve crescer a partir do evento, que começa em São Paulo e Fortaleza e, depois, se estende para outras cidades: Brasília, Uberlândia, Curitiba, Salvador e Rio de Janeiro, entre os dias 17 e 19. De 24 a 26, chega a vez de Florianópolis, Porto Alegre e Belo Horizonte. As últimas cidades serão Belém, Recife e Campinas (de 14 a 16 de junho).

Segundo o presidente da Caixa, Jorge Hereda, a expectativa é de continuidade do crescimento nos próximos anos, entre outros motivos, pelo forte potencial ainda a ser explorado. Enquanto no Brasil, o crédito imobiliário corresponde a 6,5% do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma das riquezas produzidas no País), no Chile chega a 18%, no México, a 12%, e em países europeus ultrapassa os 50%.

Serviço - 9º Feirão Caixa da Casa Própria em São Paulo, Centro de Exposições Imigrantes, Rodovia dos Imigrantes (Km 1,5, em São Paulo), até amanhã. Horário de atendimento: Hoje: das 10h às 20h; Amanhã: das 10h às 18h.

 

Compra da casa própria exige cuidados adicionais

Ao comprar um imóvel é preciso tomar cuidados para que o sonho não se transforme em pesadelo. Afinal, apesar da facilidade que o Feirão da Caixa oferece para a aquisição, o fato é que a dívida vai existir por muito tempo em sua vida.

Por isso, a Proteste - Associação de Consumidores alerta que o aconselhável é comprar o imóvel dentro das necessidades atuais, dando o máximo de entrada possível e financiando pelo menor prazo. Afinal, quanto maior o tempo para pagar, maior será o valor referente a juros. Se a taxa for de 10% ao ano, por exemplo, a cada dez anos de financiamento será pago o equivalente ao imóvel adquirido. Em 30 anos serão pagos 4,5 vezes.

Quanto ao comprometimento da renda, é recomendável que todas as dívidas somadas não ultrapassem 30% do orçamento familiar. O ideal é não comprometer mais de 15% da renda com o pagamento da primeira parcela do financiamento. (Andréa Ciaffone)

 

 




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