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Circo do Asfalto pede socorro

Galpão onde eram realizadas atividades do grupo sofreu avaria por causa das chuvas

Por Miriam Gimenes
29/04/2019 | 07:12
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Claudinei Plaza/DGABC


A paixão pelo circo uniu o casal Fran Marinho e Douglas Marinho. Ou foi o contrário? Bom, não se sabe. O que importa, na verdade, é que desde 2008, tiveram, juntos, o primeiro fruto desta união: a companhia Circo do Asfalto, que tem como foco principal a pesquisa nas artes circenses de rua e na cultura popular brasileira e cuja sede fica em Santo André. De lá para cá se apresentaram em mais de 1.500 cidades – inclusive nas pequenas comunidades, vilarejos, aldeias e quilombos – onde levaram sua arte e, de quebra, fizeram as pessoas sorrirem.

E, em 2015, conseguiram com muito esforço montar um espaço cultural sem fins lucrativos no Jardim Bom Pastor, em frente de onde moram, para não só utilizá-lo em dias de chuva para fazer espetáculos como também para oficinas de iniciação e formativa, espaço para criação, ensaios, encontro, intercâmbio entre as mais diversas companhias de circo do mundo. Só que as chuvas do início do ano fizeram com que o telhado cedesse, o que tornou impossível a continuidade de seu uso.

“Em janeiro a gente estava em temporada no Nordeste e quando chegamos o telhado estava cheio de buracos, cada um do tamanho da palma de uma mão. Por conta da água, começou a ruir a laje e chamamos o pedreiro, que disse que ela cairia por completo. Tivemos de parar toda programação cultural para uma reforma urgente”, explica Fran.

Só que o custo, por se tratar de um galpão, que inclusive é usado por toda comunidade para eventos – chá de bebê, festa junina, aniversário etc – ficou um tanto alto para o casal custear e, por isso, eles decidiram, junto com artistas que querem ajudá-los, a fazer uma vaquinha virtual (www.benfeitoria.com/circodoasfalto). “Começamos a obra tem quatro semanas e na passada a gente lançou vaquinha, que para contribuir vários artistas estão se organizando – do Rio, de São Paulo, Curitiba, Tocantins e Goiás –, realizando cabarés.” Desde seu lançamento, na semana passada, já foram arrecadados R$ 3.150 (até o fechamento desta edição) e o objetivo são R$ 30 mil. O restante da obra, orçada em R$ 70 mil, será pago pelo casal. <EM>

Em paralelo a isso, Fran e Douglas foram buscar um espaço para dar continuidade às atividades. A Secretaria de Educação de Santo André liberou a Emeif Maria da Graça de Souza (Rua Parintins, 34), na Vila Floresta. O local, a partir de hoje, receberá a programação gratuita da companhia. <EM>

“Estamos muito esperançosos com essa corrente. A rede de amigos foi quem ergueu a primeira vez esse espaço e agora precisamos reerguer novamente. É um local onde 2.000 artistas já passaram, e já recebeu um público de mais de 100 mil pessoas. É nosso projeto, mas que atende a uma rede muito grande e, principalmente, à comunidade local”, finaliza Fran.  




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