Memória Titulo
Lições e lembranças de um jornalista da Vila São José

Rolando Marques e Oswaldo Lavrado formaram, no rádio do Grande ABC, uma dupla como Pelé e Coutinho no futebol; ou Cláudio e Baltazar no Corinthians

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
05/09/2010 | 00:00
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Rolando Marques e Oswaldo Lavrado formaram, no rádio do Grande ABC, uma dupla como Pelé e Coutinho no futebol; ou Cláudio e Baltazar no Corinthians, pois ambos são do bando de loucos deste centenário glorioso do Timão...

* * *

Oswaldo Lavrado, jornalista e radialista. Historiador do esporte do Grande ABC, com destaque para o futebol. Um comunicador nato. Trabalhou ao lado dos craques do jornalismo regional. Cobriu atividades esportivas ao lado dos grandes nomes da crônica paulistana e do interior de São Paulo. Foi parceiro de Rolando Marques, a Voz de Ouro do Grande ABC, nas transmissões esportivas da Rádio Diário do Grande ABC. Antes disto, formou na Editoria de Esportes do Diário. Iniciava-se a década de 1970.

Timidamente, Lavrado nos enviou uma ou duas fotos dos seus tempos de Rádio Diário, da equipe Os Craques do Rádio, que ele comandou. Disse que tinha mais fotos. Claro, pedimos cópias de todas. E as fotos chegaram na semana passada, digitalizadas, identificadas, datadas, com legendas perfeitas do bom jornalista que Oswaldo Lavrado é.

Não deu outra: bolamos esta Semana Oswaldo Lavrado de Comunicação, pensando, como sempre, no registro e difusão da memória do Grande ABC, mas, em especial, nos futuros jornalistas locais. É a eles que dedicamos esta semana, sugerindo que todos façam como Lavrado, que guardem os registros da sua carreira. O conteúdo coletivo deste material será, sem dúvida, também uma aula funcional de comunicação no futuro.

Acompanhem, pois, a primeira aula do professor Oswaldo Lavrado e depois digam o que acharam.

NOTA

O logotipo que ilustra esta série foi produzido por Seri, talento puro da Editoria de Artes do Diário; a ideia do microfone partiu do Éder, editor de Artes. Veterano na casa, Éder lembra do comentarista Lavrado e não escondeu a emoção quando do pedido de Memória para que o logotipo fosse produzido.

TBPois é, Lavrado, você ainda tem admiradores aqui na casa. A casa a qual você emprestou o seu profissionalismo e conhecimento alguns anos atrás...

Crônica de Ribeirão Pires

Texto: Aida Arnoni Bressan

Dona Esperança Prisco Arnoni foi comerciante de lenha em Ribeirão Pires. Comercializava a entrega do produto em fábricas e olarias. Tirava a lenha do mato e conduzia feixes e mucutas até a beira da estrada. Ali empilhava a mercadoria. Seguia como ajudante de caminhão ao lado do irmão Roque Prisco. Uma lide iniciada em 1940 e que prosseguiu até pouco antes da sua morte.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Sexta-feira, 5 de setembro de 1980

Manchete - Congresso prorroga mandatos municipais até janeiro de 1983; oposições criticam prorrogação, mas não renunciam

Santo André - Inaugurado ontem o calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima.

Ribeirão Pires - Vilas Sueli e São Manoel, e Jardins Celso e Santa Eliza ganham iluminação a vapor de mercúrio.

Primeiro Plano (Eduardo Camargo) - Sauer (presidente da Volkswagen) crê nas possibilidades do Brasil.

EM 5 DE SETEMBRO DE...

1960 - Luciano Vicioni nasce em Santo André. Fez carreira no Diário: de office-boy a repórter-fotográfico, com mais de 30 anos de casa.

Trabalhadores

Nascem em 5 de setembro:

1911 - Manoel Henrique Ribeiro, natural de Jaú (SP). Sócio nº 223 do Sindicato dos Químicos do ABC. Servente da Rhodia; residia à Rua Egito, 8.

1914 - Antonio Blasques, de São João da Boa Vista. Operário da Usina Colômbia. Residia à Rua Sergipe, 65.

Fonte: 1º livro geral de registro dos associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

HOJE

Dia da Amazônia, Dia do Oficial de Justiça e Dia do Irmão.

TEREZINHA GASPARI SBRIGHI

(Santo André 18-5-1929 - 10-8-2010)

Dona Terezinha foi uma mulher do seu tempo. Preservava muitas amizades. Jogava tranca duas ou três vezes por semana. Fazia hidroginástica. Passeava, viajava, não era de ficar sozinha em casa, trancada. "Não conheci alguém de quem ela não gostasse", comenta Ângela, a filha do meio.

Dona Terezinha era também uma mulher que adorava Santo André e sua história. Solteira, trabalhou na Kowarick, a velha fábrica de casimiras da cidade. Costumava contar às filhas que descia diariamente a Rua Coronel Oliveira Lima, atravessava a porteira da estação e chegava ao trabalho.

Ao casar-se com Alcides Sbrigh, Terezinha passou a ajudar o marido e família na selaria da Rua Coronel Fernando Prestes, que ainda existe e é a mais antiga e tradicional casa do ramo no Grande ABC. Há quatro anos, dona Terezinha vendeu a sua parte na sociedade da selaria, mas continuou com o prédio, que é belíssimo e traz no frontal o ano ‘1901'.

Filha de Rodolfo Gaspari e Catarina Paschoaletti, Terezinha partiu aos 81 anos. Era viúva. Deixa as filhas Augusta, Ângela e Arlete e os netos Marcelo, Gustavo, Ricardo e Marina. Está sepultada no Cemitério da Saudade.

Ademir Medici é jornalista e autor de livros sobre a memória do Grande ABC




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