Política Titulo Privatização
Empresa que gerenciará Pacaembu mira 1º de Maio

Estádio da Capital foi transferido à Progen por R$ 111,2 mi; em S.Bernardo, há 2 interessadas

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
09/02/2019 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Empresa que ganhou ontem a licitação para administrar o Estádio do Pacaembu, na Capital, a Progen foi uma das duas que apresentaram propostas para gerir o Estádio 1º de Maio, em São Bernardo, em processo de concessão aberto no ano passado pelo prefeito Orlando Morando (PSDB).

Em São Paulo, a Progen se consorciou com o fundo de investimentos Savona – formando o Consórcio Patrimônio SP – e faturou a possibilidade de explorar a arena esportiva por 35 anos, pagando R$ 111,2 milhões. A quantia é três vezes maior do que a projetada pelo governo do prefeito Bruno Covas (PSDB).

Já em São Bernardo, a Progen tem parceria firmada com o São Bernardo FC, cujo presidente é o ex-deputado federal Edinho Montemor. Sua concorrente é a Gool Soccer Consultoria Ltda, cujos proprietários são Ronaldo Sareto, sobrinho do vice-presidente do EC São Bernardo, Gigio Sareto, e Leandro Unzueta, sócio de Gigio.

Segundo a Prefeitura, essas duas empresas foram habilitadas após o término do PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), primeira etapa sobre viabilidade de concessão do Estádio 1º de Maio. “Com material apresentado (pelas concorrentes) será feita a licitação até o fim do mês. Foram apresentadas somente propostas de serviços e não valores”, ressaltou a administração municipal.

A proposta precisava conter estudos de viabilidade econômico-financeira e jurídica, bem como previsão de obras de revitalização e modernização do espaço, inaugurado em 1968, que foi palco das grandes greves sindicais das décadas de 1970 e 1980, que está instalado em área de 29,7 mil metros quadrados e que tem capacidade para 13,5 mil torcedores na Vila Euclides, região central de São Bernardo. Atualmente, a Prefeitura despende cerca de R$ 40 mil por mês com a manutenção do Estádio 1º de Maio.

PACAEMBU
A Progen gerenciou complexos esportivos no Rio de Janeiro durante a Olimpíada de 2016 e foi a empresa que atendeu o PMI durante a formatação da licitação.

Entre os demais concorrentes, havia um grupo formado pela empresa WTorre (empresa que administra o Allianz Parque, do Palmeiras), outro formado pelo Santos e pela Universidade do Brasil e um terceiro formado pela Construtora Constru Cap. Suas propostas foram de R$ 46 milhões, R$ 88 milhões e R$ 44 milhões, respectivamente. As demais empresas têm prazo de cinco dias para contestar o resultado.

A licitação ocorreu às pressas, após o TCM (Tribunal de Contas do Município) liberar o processo nesta quinta-feira. As empresas passaram a ser chamadas às 19h, para a sessão de abertura que ocorreu na Secretaria Municipal de Esportes, em Indianópolis, na Zona Sul de São Paulo.

O presidente da Progen, Eduardo Barella, disse que “quer trazer a população para dentro do estádio, com atrações e atividades culturais, preservando o patrimônio histórico”. (com Estadão Conteúdo) 




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