Time começa bem, mas perde da Portuguesa um dia depois de treinar em campo de terra
O Santo André perdeu da Portuguesa por 3 a 1, de virado, ontem, na estreia das equipes na Copa São Paulo. Mas o que chamou atenção foi a estrutura do Ramalhão, campeão da competição em 2003.
A equipe se deslocou ao Estádio do Canindé, em São Paulo, com ônibus cedido pela Prefeitura e normalmente utilizado para levar crianças das escolas municipais à Sabina Escola Parque do Conhecimento, similar ao usado no transporte público. Além disso, na véspera do jogo, o time treinou em campo de terra, no Humaitá.
Não é possível medir qual a interferência dessa falta de estrutura no resultado do duelo, mas o fato é que o time caiu de produção no segundo tempo.
No início, a equipe parecia superior à Portuguesa. Mesmo fora de casa, se impôs e chegava com facilidade à meta adversária. Precisava apenas ajustar a pontaria. Foi o que ocorreu aos 31 minutos, quando o atacante Vitor Carvalho, um dos poucos que estiveram no grupo da Copa Paulista, acertou o ângulo e abriu o placar.
Além da vitória parcial, o time mostrava bons jogadores, como o volante Gustavo Santana, que tomou conta do meio, e o meia-atacante Will, dono de dribles curtos desconcertantes. Vitor Carvalho cumpria bem o papel de pivô.
Todo o bom trabalho do primeiro tempo sucumbiu na etapa final. Com um minuto, o goleiro Cleber tentou cortar cruzamento e a bola ficou viva na área até Marques empatar.
Com apoio da torcida, a Lusa foi para o ataque, mesmo desordenada. Deixava espaços que o Santo André não soube aproveitar. E virou em outro cruzamento na área. Aos 31, Cleber outra vez não conseguiu cortar e Nairton marcou. Logo depois, aos 38, o mesmo Nairton, livre, fez o terceiro, após falta cobrada na área.
Visivelmente chateado, o técnico Fernando da Silva sentiu o revés. “Maior culpa da derrota é minha. Sou treinador, não mágico. Erramos também. Procurei ajustar para manter o gás, mas não deram certo as substituições”, lamentou, antes de evidenciar a falta de estrutura. “Não gosto de trabalhar com desculpas. A Portuguesa foi melhor nas tomadas de decisões, mas não temos campo para treinar. Ontem (quinta-feira) trabalhamos em campo de terra, na véspera da partida no Canindé. Isso faz toda diferença. Mas agora é esfriar a cabeça”, aconselhou.
Sem alternativa, o time treinou quinta-feira no campo do Humaitá, time da várzea. A partir de hoje o grupo vai trabalhar no gramado da Nakata, em Diadema, local de treinos da equipe profissional, que está fazendo pré-temporada em Jacutinga-MG (leia abaixo).
Com o revés, o Santo André ocupa a lanterna do Grupo 32 e na segunda rodada, segunda-feira, às 19h30, enfrenta o Paraná, que ontem perdeu do Volta Redonda, por 1 a 0.
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