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Seqüestro de italianas leva ONGs a deixar Iraque
Por Da AFP
08/09/2004 | 17:49
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O seqüestro das duas voluntárias italianas, na terça-feira, está levando as ONGs (organizações não governamentais) internacionais a deixar o Iraque. "Segundo as consultas que realizei pela manhã, parece que a maioria das ONGs internacionais se preparam para deixar o Iraque, e alguns voluntários já se foram nesta manhã", afirmou o coordenador das atividades das ONGs no território iraquiano, Jean-Dominique Bunel.

"Os outros devem seguir o mesmo caminho nos próximos dias. Os vôos estão cheios até sexta-feira. O motivo de sua retirada é que se trata de uma nova forma de operar, já que os seqüestradores entraram num escritório em plena Bagdá, seqüestraram mulheres e ignoramos as motivações de seus autores", afirmou.

Segundo Bunel, cerca de 50 ONGs internacionais operam no Iraque, e cada uma delas conta com pelo menos um voluntário estrangeiro. Simona Torretta, Simona Pari e um civil iraquiano, que trabalham para a ONG italiana 'Uma ponte para Bagdá', além de uma iraquiana que trabalhava para a ONG 'Intersos', foram seqüestrados numa ação no centro de Bagdá, capital iraquiana.

O presidente da 'Uma ponte para Bagdá', Fabio Alberti, anunciou que a organização decidirá se continua ou não suas atividades no Iraque quando terminar o seqüestro das quatro pessoas. A 'Intersos' anunciou que não pretende abandonar o Iraque.

Protesto- Em Roma, capital da Itália, mil pessoas, segundo os organizadores, participaram na noite desta quarta-feira (horário local) de um protesto para exigir a libertação das italianas.

A manifestação aconteceu diante da sede da ONG ‘Uma Ponte para Bagdá’. Alberti declarou que as duas mulheres eram "vítimas da mesma guerra no Iraque", a que a organização condena.

"Estamos preocupados. Não se sabe nada. São moças muito competentes", declarou a líder sindical Alessandra Mecozzi, de cerca de 40 anos, que encontrou as duas jovens em Bagdá quando elas se ocupavam de um projeto de ajuda a uma maternidade.

Outras manifestações em solidariedade com as jovens também acontecem na Itália, principalmente em Gênova e Nápoles, na noite desta quarta-feira, e em Rimini, cidade onde nasceu Simona Pari, na quinta-feira.




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