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Emprego com carteira cai 41% na região
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
27/04/2007 | 07:10
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Na contramão dos dados nacionais de emprego formal (com carteira assinada), que apontaram um recorde de abertura de postos de trabalho, o Grande ABC registrou de janeiro a março um saldo (contratações menos admissões) 41,64% inferior ao observado no mesmo período do ano passado.

Foram criadas na região apenas 4.533 postos de trabalho nos três meses iniciais de 2007, contra 7.744 no primeiro trimestre de 2007, de acordo com números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.

Segundo o economista do Observatório Econômico de Santo André, Marcos César Lopes Barros, o saldo menor de geração de vagas reflete, entre outros fatores, o forte impacto da variação cambial sobre a atividade econômica dos sete municípios, tradicionalmente um pólo exportador de veículos e autopeças e ainda o forte impulso no nível de ocupação em outras regiões, em conseqüência, por exemplo, da expansão do segmento agrícola – em especial, o ramo sucroalcooleiro.

Pesquisa feita pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) já apontava que enquanto o setor industrial do Interior do Estado apresentava crescimento no nível do emprego, impulsionada pelas contratações nas usinas de álcool, as sete cidades vinham com taxas negativas.

Para Barros, o dólar em queda frente ao real desde o ano passado, além de reduzir o ritmo de exportações, provocou uma invasão de produtos importados, o que dificulta a vida das indústrias brasileiras no mercado interno.

O levantamento do Caged no Grande ABC no trimestre aponta que o segmento industrial reduziu bastante o ritmo de contratações. Esse setor em Santo André, por exemplo, teve saldo de apenas 16 vagas neste ano, contra 518 no mesmo período de 2006.

Em março - Se no trimestre o saldo é menor que em 2006, em março observa-se uma alta de 19,59% em relação ao mesmo mês de 2006. A reação, que pode refletir uma melhora na oferta de crédito, ocorreu em São Bernardo, onde o setor de serviços gerou 959 postos de trabalho – que compensou o corte de 216 vagas nas indústrias da cidade. Também houve recuperação em Diadema e em Ribeirão Pires.



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