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Sharon faz novas exigências antes de qualquer negociação de paz
Por Da AFP
21/04/2005 | 11:34
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O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, exigiu nesta quinta-feira o 'fim total do terrorismo' como condição básica para Israel se comprometer e levar à frente uma negociação de paz, reiterando sua determinação de cumprir a retirada prevista para os próximos meses da Faixa de Gaza.

Sharon afirmou que o fim total do terrorismo era uma condição prévia antes da aplicação do Mapa da Paz, o plano internacional para solucionar o conflito. Os palestinos denunciaram as declarações de Sharon, acusando o premiê de evitar o Mapa da Paz, elaborado pelo Quarteto (Estados Unidos, União Européia, Rússia e a ONU - Organização das Nações Unidas), que prevê a criação de um Estado palestino independente, a princípio, em 2005.

"Estamos em uma fase preliminar e não nos comprometeremos com o Mapa da Paz até que os palestinos respeitem seu compromisso de deter o terrorismo", declarou Sharon à rádio pública.

O primeiro-ministro reiterou sua exigência de um cessar total do terrorismo e dos atos de violência, assim como o fim das incitações à violência. "A Autoridade Palestina adotou medidas, mas são totalmente insuficientes", acrescentou Sharon.

"Sharon nunca aceitou o Mapa da Paz e parece falar de outro plano em vez do elaborado pelo Quarteto", declarou o chefe dos negociadores palestinos, Saeb Erakat.

Erakat pediu ao Quarteto que faça todo o possível para obrigar Israel a aplicar seus compromissos previstos no Mapa da Paz, que apresenta exigências de ambas as partes. O porta-voz da Autoridade Palestina, Nabil Abu Rudeina, afirmou que as declarações de Sharon demonstravam 'que ele evita os compromissos previstos pelo Mapa da Paz'.

Segundo o plano, em uma primeira etapa os palestinos devem deter a violência e Israel deve congelar a colonização. O Mapa da Paz, lançado formalmente em meados de 2003, não foi respeitado até agora.

Contudo, Sharon reafirmou sua determinação de levar à frente seu plano de retirada das 21 colônias judaicas de Gaza e de quatro assentamentos no norte da Cisjordânia.

O primeiro-ministro israelense ressaltou de novo a possibilidade de adiar por três semanas a retirada para considerar as sensibilidades religiosas, mas ao mesmo tempo criticou os rabinos que pressionam soldados e policiais a desobedecer as ordens de retirada dos oito mil colonos de Gaza.




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