Política Titulo Mauá
Admir pode ser candidato para defender Atila nas ruas

Grupo do prefeito afastado sustenta que patriarca Jacomussi mantenha projeto

Junior Carvalho
23/07/2018 | 07:02
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Grupo do prefeito eleito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), tem defendido internamente que o pai do socialista, o presidente da Câmara mauaense, Admir Jacomussi (PRP), pai de Atila, mantenha candidatura a deputado estadual neste ano para defender o nome do filho – e consequentemente da família – nas ruas durante a campanha eleitoral.

Preso em flagrante pela PF (Polícia Federal) em maio, após ser pego com R$ 87 mil em dinheiro vivo guardados em panelas na cozinha de casa, Atila foi solto em junho sob força de habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Porém, por decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, órgão de segunda instância que converteu a prisão temporária do prefeito em preventiva, está impedido de retornar à cadeira de prefeito, fato que o socialista tenta reverter. 

São justamente o impasse jurídico e a demora para que Atila volte ao poder que têm prejudicado as negociações em torno do projeto de Admir, que já declarou ao Diário que a “tendência” é de não ir às urnas neste ano. 

Patriarca da família Jacomussi e prestes a completar 70 anos, Admir acumula quase cinco décadas de vida pública. Está no seu nono mandato de vereador, tendo sido eleito pela primeira vez em 1972. O próprio parlamentar se gaba de relembrar que começou no Parlamento numa época em que vereador sequer era remunerado. Embora tenha perseguido nesses anos todos ser prefeito, sua experiência no Executivo limitou-se ao comando da Secretaria de Obras durante o segundo governo de Leonel Damo (2005-2008). 

Entretanto, Admir sempre ressaltou que o desejo de governar Mauá era projetado pelo pai, Waldomiro Jacomussi, ex-servidor da Prefeitura e que, embora ele próprio não tenha alcançado, o sonho foi realizado em 30 de outubro de 2016 pelo seu filho, Atila. 

O socialista, então deputado estadual, foi eleito no segundo turno, com quase 70% dos votos válidos, quebrando série de 20 anos de vitórias eleitorais do PT de Mauá. 

Essa história tem pesado na avaliação do grupo do governo eleito sobre a confirmação ou não da candidatura de Admir. Por outro lado, aliados do parlamentar têm redobrado a atenção à saúde física do pai de Atila, que durante os mais de 30 dias em que o filho esteve preso. sequer conseguiu visitá-lo.  




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