Contexto Paulista Titulo Coluna
PIB paulista cresce 2% em 12 meses
Por Wilson Marini
30/04/2018 | 07:00
Compartilhar notícia


Uma notícia positiva para a economia paulista. No acumulado dos últimos 12 meses, o PIB (Produto Interno Bruto) do Estado de São Paulo registrou crescimento médio de 2%, segundo dados divulgados na sexta-feira pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados). O índice se refere ao período de março de 2017 a fevereiro de 2018, e expressa a tendência de recuperação da economia no Estado como um todo, com pequenas variações regionais acima ou abaixo dos 2%. No acumulado dos 12 meses, o PIB ampliou-se em decorrência principalmente do crescimento na indústria (2,3%) e dos serviços (1,7%), e apesar de recuo na agropecuária (-0,4%).

Começo de ano
Entre janeiro e fevereiro de 2018, o PIB paulista caiu 0,5%, com recuo na agropecuária (-0,6%), indústria (-0,7%) e serviços (-0,6%). Mas a soma dos dois primeiros meses de 2018, confrontada em relação ao mesmo período do ano anterior, mostra que a economia do Estado avançou 2,4%, com taxas positivas observadas em todos os setores: agropecuária (0,7%), indústria (4,6%) e serviços (1,7%). Ou seja, a atividade econômica neste início de ano apresenta-se mais ativa comparada ao de 2017.

São Paulo, um país
O valor monetário do PIB é formado pela soma dos bens e serviços produzidos e é um dos indicadores mais utilizados para mensurar a atividade econômica. Com um território do tamanho do Reino Unido e uma população (44 milhões de habitantes) maior que a da Austrália (24 milhões) e do Canadá (36 milhões), o Estado de São Paulo abriga o maior mercado consumidor do Brasil. A renda per capita é 47% maior do que a média nacional. De acordo com o IPC Marketing (Índice de Potencial de Consumo), a população do Estado concentrava em 2016 R$ 1 trilhão em potencial de consumo, o que representa quase um terço do potencial de consumo dos brasileiros. Pouco mais da metade desse total circula no Interior paulista, considerado atualmente pela IPC Marketing o maior mercado consumidor do País.

Mercado diversificado
São Paulo concentra 94% da produção brasileira de aeronaves, 71% da produção farmacêutica nacional e 48% da produção brasileira de etanol, além de 45% da produção brasileira de veículos e 41,7% do valor adicionado do setor de serviços do País, de acordo com a agência Investe-SP, ligada ao governo estadual. O Estado reúne os setores de serviços mais desenvolvidos do País, entre eles Saúde, Educação, financeiro, engenharia, logística e consultoria. É o maior produtor de etanol de cana-de-açúcar e suco de laranja do mundo, e possui estrutura industrial e de serviços altamente diversificada.

De vento em popa
A produção da indústria brasileira cresceu mais que o normal em março, segundo o Valor Econômico. O índice alcançou 55,2 pontos em março, alta de 8,7 pontos ante fevereiro. É o maior nível alcançado desde março de 2010, de acordo com a Sondagem Industrial, da CNI (Confederação Nacional da Indústria). “É comum o indicador aumentar entre fevereiro e março por causa do fim do Carnaval e da reativação da atividade. A alta do índice de março de 2018, contudo, foi mais intensa que o usual este ano”, afirmou a entidade, em nota.

E mais
A Ford anunciou na quarta-feira investimento no seu complexo industrial de Taubaté, que passou por uma modernização de sua linha de produção e qualificação de funcionários. Entre as novidades estão a instalação de 30 robôs e uso da tecnologia de rastreamento QR Code na linha de motores; 19 robôs e solda a laser na unidade de transmissões. A Prysmian, empresa líder global em cabos e sistemas para os setores de energia e telecomunicações, anunciou a construção do centro de excelência mundial da empresa, em Sorocaba.

Na Assembleia
Foi lançada na Assembleia Legislativa a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Elétrico, “em ato de resistência à privatização de empresas ligadas à produção de energia”. A reunião contou com a coordenação dos deputados Alencar Santana e Márcia Lia, ambos do PT. Militantes protestaram “contra a venda” de empresas como a Eletrobras e a Cesp (Companhia Energética de São Paulo).

Frase
“No geral, todo o ônus social recai sobre o prefeito e sua equipe. O Estado social brasileiro está indo de mal a pior, com uma população urbana brasileira de 80 e tantos por cento, e essas responsabilidades recaem, quase que exclusivamente, no colo do gestor municipal.” Daniela Libório, professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), em palestra sobre autonomia municipal.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;