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As cidades resilientes

O tema é global, mas a ação deve ser local.

Por Wilson Marini
04/03/2013 | 00:00
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O tema é global, mas a ação deve ser local. A ONU incentiva a discussão internacional sobre medidas locais para diminuir o risco de desastres naturais nas cidades de todo o mundo. Na temporada de chuvas, boa parte das cidades do Interior Paulista sofre com alagamentos ou desmoronamentos. Semana passada, deslizamento afetou a Rodovia dos Imigrantes. É considerado resiliente (ou flexível) o município em que os desastres são minimizados devido à infraestrutura e aos serviços preventivos existentes. Ou seja, o risco maior não está necessariamente nos fatores imprevistos da natureza, mas na capacidade da comunidade se prevenir e se defender. No conceito de cidades resilientes, as autoridades, lideranças e a população compreendem os riscos que enfrentam e compartilham informações sobre as ameaças.

Tarefa para os gestores

Em novembro de 2012, as Nações Unidas lançaram os dez passos para construir cidades resilientes, entre eles garantir orçamento local para a redução de riscos; atualizar dados sobre os riscos; investir em infraestrutura; caprichar no planejamento do uso do solo; adotar programas de educação e treinamento sobre a redução de riscos de desastres em escolas e bairros; proteger ecossistemas e barreiras naturais para mitigar inundações, tempestades e outros perigos; e instalar sistemas de alerta e alarme.

Agilidade

Deve ser votado em breve projeto de lei estadual que determina a instalação de GPS em veículos das polícias militar, civil, bombeiros e ambulâncias de hospitais públicos e privados do Estado, em cidades com mais de 200 mil habitantes. "Muitas vidas serão salvas, o combate ao crime ficará mais ágil e sinistros, como incêndio, poderão ser atendidos antes que atinjam extensão maior", diz Baleia Rossi (PMDB), autor do projeto.

Envolvendo os alunos

O deputado estadual Carlos Cezar (PSB) propõe projeto de lei que institui curso de cuidados a serem observados em situações de risco, como incêndios e enchentes, em escolas públicas do ensino fundamental e médio do Estado. A ideia ocorreu após as 240 mortes em uma boate em Santa Maria (RS).

Piscinões resolvem?

O deputado Alex Manente (PPS) quer mais investimentos em obras de saneamento e reservatórios (piscinões) no Grande ABC. Segundo ele, a situação atual exige que sejam tomadas medidas com urgência para, se não sanar o problema, ao menos controlá-lo para evitar que cada chuva se torne uma nova catástrofe. Documento enviado ao governador pede a liberação de recursos para construção de novos piscinões, canalização de córregos e desassoreamento de rios.

Motos

O trânsito muda de perfil no Interior Paulista, especialmente nas cidades médias. Um dos desafios do momento é garantir a segurança dos motofretistas e mototaxistas. Ainda não se sabe como será a fiscalização da resolução 410 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), válida para todo o País, que pune quem não utiliza equipamentos como antena corta-pipa, protetor de pernas e motor e faixas refletivas no capacete, dentre outros itens de segurança para motos.

Estradas ruins

Obras em rodovias federais por todo o País são feitas com má qualidade e apresentam defeito até um mês depois de entregues. A constatação é do Tribunal de Contas da União (TCU) após auditoria. O órgão analisou obras entregues entre 2011 e 2012 e 942 quilômetros de rodovias foram percorridos com aparelhos para medir a resistência e a regularidade do asfalto. De 11 vias pesquisadas, dez apresentaram afundamentos, trincas, desgaste, deslocamento de pistas e buracos.

Aquaplanagem

Um percentual considerável dos acidentes de trânsito registrados em 2011 no Brasil - que resultaram na morte de mais de 45 mil pessoas -, é atribuído a falhas nos sistemas de drenagem nas vias urbanas e rodovias, conclui estudo que será apresentado no evento Brazil Road Expo 2013, no Transamérica, em São Paulo, de 19 a 21 de março.

Tráfico de pessoas

Com o objetivo de ampliar a atuação dos comitês regionais de enfrentamento ao tráfico de pessoas, tema popularizado a partir da novela Salve Jorge, da Rede Globo, a Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania reuniu representantes das regiões que compõem uma espécie de rede de prevenção e combate a esse crime no Interior de São Paulo. Cidades como Presidente Prudente, S. José dos Campos, S. José do Rio Preto, Sorocaba e Bauru, entre outras, já possuem grupos atuantes.




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