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Sem jogar, 'encostados' no Corinthians custam R$ 1 milhão por mês em salários
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01/02/2018 | 07:00
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Com a volta de jogadores que estavam emprestados e a contratação de alguns reforços, o elenco do Corinthians conta com mais de 40 nomes, além de pelo menos mais três atletas que estão treinando em horários alternativos - são quase quatro times. Porém, vários deles não estão nos planos do técnico Fábio Carille. Os "descartados" custam ao clube algo perto de R$ 1 milhão por mês só de salários.

Por isso, conseguir negociá-los, principalmente os que geram despesas mais altas, é uma das missões da nova diretoria que assume o comando neste domingo, dia seguinte à eleição presidencial. A situação que mais preocupa no momento é a do meia Giovanni Augusto.

Para ficar com 50% dos direitos econômicos do jogador, o Corinthians pagou R$ 16 milhões ao Atlético Mineiro. Giovanni Augusto recebe R$ 320 mil por mês e o alto salário tem atrapalhado possíveis transferências. A Chapecoense e o Vitória manifestaram interesse, mas desistiram do negócio quando souberam o valor. Não topariam o acerto nem se tivessem de pagar somente a metade do salário.

No ano passado, o meia teve chance de sair, mas preferiu ficar. Neste ano, porém, o técnico Fábio Carille decidiu abrir mão do jogador. Com contrato até dezembro de 2019, Giovanni Augusto é o atleta que mais causa preocupação na diretoria pela questão financeira. Pessoas ligadas ao meia afirmam que ele queria permanecer no clube, mas o fato de não ter sido inscrito no Campeonato Paulista fez com que mudasse de ideia.

Outro na marca do pênalti é o volante Fellipe Bastos. Agenciado por Carlos Leite, o jogador chegou sem custos, recebe cerca de R$ 120 mil e tem vínculo até dezembro de 2019. Desde a sua contratação, em janeiro de 2017, nunca conseguiu se firmar, mas é um dos mais queridos do grupo. Entretanto, também está liberado para procurar outro clube.

O lateral-esquerdo Moisés vive uma situação inusitada. Ele foi contratado do Madureira em 2015, emprestado a Bragantino e Bahia e voltou no ano passado. Após 17 jogos, renovou contrato até dezembro de 2019 e passou a ganhar R$ 120 mil, mesmo sendo reserva. No final do ano passado, o Corinthians tentou envolvê-lo em negociações com Bahia e Fluminense, mas o atleta não aceitou sair.

O volante Jean é outro "problema". Contratado em agosto de 2016, só fez dois jogos. Foi emprestado ao Paraná e ao Vasco, onde se destacou no Campeonato Brasileiro, mas não o suficiente para convencer Fábio Carille a lhe dar uma chance no Corinthians. Apesar da valorização e do vínculo até dezembro de 2020, não está nos planos do treinador.

O jogador mais desconhecido da lista é o paraguaio Gustavo Viera. Com 18 anos, chegou do Rubio Ñu, do Paraguai, por indicação de Gamarra, ídolo corintiano e ex-cartola do clube do Paraguai. Participou do sub-20, fez dois amistosos no time principal e foi emprestado duas vezes ao seu ex-time. Com contrato até agosto, vai embora de graça. Recebe salário sem jogar.

Contratado após o Paulistão de 2016 por ter se destacado no Audax, o atacante Bruno Paulo teve mais lesões do que jogos pelo Corinthians. Fez uma partida e foi emprestado ao Santa Cruz. Tem contrato até junho de 2019. Treina em horários diferentes do grupo, na companhia de Gustavo Viera e Matheus Vidotto. O goleiro, que já foi até convocado por Felipão para a seleção brasileira, em 2013, brigou com Fábio Carille por ele ter escolhido Caíque como terceiro da posição. Está afastado, mas tem vínculo até dezembro. Se não renovar ou ser negociado, sairá de graça.

Revelado pelo clube, Léo Príncipe, reserva de Fagner, perdeu espaço. "A diretoria tomou a decisão de inscrever outros atletas. Vamos aguardar para ver como vai ficar a situação dele", disse Marcelo Robalinho, empresário do lateral-direito. Ele tem contrato até dezembro de 2019. Vitória, Atlético Goianiense, Paraná e Botafogo-SP têm interesse.

O volante Wariam, de 21 anos, é uma aposta da base que será emprestado para ganhar espaço. Ele tem contrato até junho de 2019. Fez dois amistosos.




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