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Estado quer hospital em Cotia para atender região

Secretário diz que Rodoanel facilita acesso à futura unidade

Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
03/05/2013 | 07:00
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O hospital de retaguarda pleiteado pelo Consórcio Intermunicipal para atender aos sete municípios deverá ser criado pelo Estado em Cotia, na região metropolitana de São Paulo. Segundo o secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri, o Rodoanel facilitará o acesso à unidade.

O pedido pela construção de hospital retaguarda - destinado a pacientes crônicos com longo período de internação - foi apresentado ao Estado pelo presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). A necessidade apontada pelo petista é de que fossem criados 250 leitos, para diminuir demanda em outros complexos hospitalares públicos da região.

De acordo com Guido Cerri, as características da atividade praticada eliminam a necessidade de proximidade com a região atendida. "É ideal que seja em local retirado, mas de fácil acesso. Não caminha na mesma lógica de um hospital secundário, que tem que ser em região densa." O titular da Pasta informa que o Estado deverá comprar unidade hospitalar já existente na cidade para sediar o novo espaço público. Ainda não há estimativa de investimento. O secretário informa que nos próximos meses deve ter concluído a aquisição ou a desapropriação do imóvel.

Apesar de defender a possibilidade de o hospital ser mais distante, Guido Cerri admite que o equipamento não irá atender apenas ao Grande ABC. "Será para atender à Região Metropolitana,  desde o município de São Paulo aos vizinhos do Grande ABC."

Na opinião de Marinho, o ideal é que a região seja atendida pelo hospital, independente da localização. "O problema é se os leitos não estiverem disponibilizados, caso contrário, tudo bem", diz o petista.

Para o coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde do Consórcio, Arthur Chioro, a unidade de retaguarda irá otimizar o atendimento em outros hospitais da região. "Um paciente crônico no Mário Covas, por exemplo, pode ocupar um leito durante anos. Esse espaço conseguiria ser ocupado em média por seis pessoas durante um mês", explica.

O hospital de retaguarda, acrescenta Chioro, tem perfil diferenciado dos demais. "É um atendimento mais humanizado para pessoas em situações terminais." Segundo o secretário, o tipo de paciente elegível para esse tipo de unidade representa entre 5% e 7% da demanda de leitos.

Ainda não houve acordo com o Estado para investimento adicional para construção do Hospital de Clínicas. Segundo Marinho, são necessários mais R$ 23 milhões. Ao todo, a obra custará cerca de R$ 140 milhões.




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