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Vereadoras pregam ações além do Outubro Rosa
Por Felipe Siqueira
Especial para o Diário
14/10/2017 | 07:16
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Marlene Luz


Em meio à campanha do Outubro Rosa, que visa ampliar a conscientização sobre a prevenção ao câncer de mama e diagnóstico precoce da doença, algo que pode ser realizado até com um simples autoexame, vereadoras do Grande ABC analisam de forma positiva os movimentos feitos na região, mas pregam que é necessário investir mais pesado, não só nas atividades de comunicação. A cobrança passa também por ações de maior efetividade, como infraestrutura para realização de cirurgias e acompanhamentos.

A vereadora de São Bernardo Ana Nice (PT) questionou se as peças publicitárias chegam até os bairros mais periféricos de cada município. “Aqui em São Bernardo, (a Prefeitura) colocou um caminhão de lixo rosa. Em Santo André, parte da (Rua Coronel) Oliveira Lima (tradicional centro comercial) ficou rosa. Mas como chega a campanha nas regiões mais afastadas do centro da cidade? Tem de descentralizar, ir para dentro da comunidade, bater nas portas, associações de amigos de bairros, levar palestrantes, mostrar como a mulher pode procurar ajuda. Não basta chegar em outubro e fazer campanha. Tem que ser no ano inteiro.”

Parlamentar de Santo André, Elian Santana (SD) seguiu a linha adotada por Ana Nice. Para ela, a divulgação ainda é ineficiente. “Hoje se fala um pouco mais de divulgação da real importância da campanha. É uma das doenças que mais matam mulheres. As mulheres não têm essa consciência. Deveria ser mais agressiva essa divulgação”, disse. “Essa doença é familiar, junto aos amigos, e a prevenção é o caminho. O Outubro Rosa é para fazer campanha, a mobilização é geral, com fitas rosas, para dar ênfase nisso”, opinou Lia Duarte (PSDB), vereadora de São Bernardo.

Suely Nogueira (PMDB), parlamentar de São Caetano, milita na Saúde há muitos anos. Segundo ela, as sete cidades deveriam formar corrente para estabelecer rede mais eficiente de alcance da campanha. “Poderia ser feito mais coisas (para prevenção). Fazer trabalho com o Consórcio (Intermunicipal), apesar de a entidade ter começado a se mobilizar. Em Santo André conheço vereadores que levam o assunto a sério. Deveria fazer um trabalho em conjunto. O Consórcio existe para isso, (pensar) o melhor para a região”, disse Suely.

Outro ponto abordado pelas parlamentares é a questão da estrutura de diagnóstico e de tratamento no Grande ABC. “Não basta chegar em outubro, fazer campanha e não ter a garantia de ter médicos especialistas suficientes para as mulheres retornarem (tempo depois) visando saber os resultados, como mastologista, oncologista”, complementou Ana Nice. 




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