Política Titulo Reestruturação
Reforma é estudada para mudar FUABC

Prefeitos de Sto.André, S.Bernardo e S.Caetano estudam reestruturação administrativa na entidade

Junior Carvalho
30/05/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Reforma administrativa está em trâmite para mudança estrutural na FUABC (Fundação do ABC), hoje presidida por Maria Bernadette Vianna. O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), aliado aos demais chefes do Executivo Orlando Morando (São Bernardo) e José Auricchio Júnior (São Caetano), ambos tucanos, cogita a alteração na fórmula devido ao inchaço da máquina e aparelhamento político na entidade, mantida pelos três Paços e que presta serviços na área de Saúde. A proposta do grupo é finalizar o estudo dentro do prazo de um mês e iniciar a implantação no segundo semestre.

“Há discussão para fazermos reestruturação na Fundação. É necessário para materializarmos a mudança no conceito e evitar desperdício (de dinheiro público verificado) dos últimos anos, ainda mais na situação em que o PT deixou o País”, confirmou Paulo Serra. Até o ano passado, a instituição estava nas mãos do petismo. Bernadette ocupa o posto desde fevereiro, após indicação do tucano. O quadro será modificado depois de inúmeras denúncias de irregularidades internas publicadas pelo Diário, como a utilização da estrutura para cabide de emprego, despesa com supersalários com cargos diretivos – alguns deles superavam a remuneração do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) – e lista com mais de 22 mil funcionários.

A reestruturação pode ser uma das últimas medidas aplicadas por Bernadette, que sofre pressão no posto. Paulo Serra minimizou a situação e evitou falar sobre saída da aliada. “A questão não trata de nomes, mas sim conceito. Ela (presidente) vem seguindo essas deliberações, tem ajudado com trabalho, bastante carregado. Além disso, essa espécie de reforma passa por três mãos”, disse em referência aos prefeitos correligionários – o trio tende a aprofundar o plano na terça-feira, em reunião do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. “É processo complexo que está em debate, de amadurecimento. Isso deve acontecer até fim de junho.”

A Fundação tem orçamento neste ano da ordem de R$ 2,2 bilhões e sempre foi considerada caixa-preta por conta da falta de informações disponibilizadas pela entidade. Desmantelar esse cenário está relacionado no rol de promessas para o setor. Recentemente, o comando da instituição eliminou alguns cargos de diretores, com alta remuneração.

O chefe do Executivo andreense adiantou que entre os itens da proposta está inserido dar maior controle das ações às prefeituras que financiam a FUABC para não centralizar procedimentos apenas na presidência. “Queremos colocar todos os termos com mais transparência, sem nada escondido”, afirmou Paulo Serra, ao acrescentar que a mudança “não dá para executar do dia para a noite”. “(A entidade) Estava há muito tempo aparelhada e não é somente troca de nomes que vai fazer a coisa funcionar. O estudo demanda tempo, até para entender o funcionamento, com plano de corte de gastos.” 




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