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Diadema quer melhorar currículo da Guarda
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
19/04/2005 | 13:07
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Diadema não quer que sua Guarda Municipal tenha apenas um papel executor de políticas de segurança, mas também que seja um órgão gestor, ou seja, que elabore programas preventivos na área da violência e tenha articulação ampla com diversos parceiros. Para conseguir esse objetivo, a Prefeitura pretende aprimorar o currículo de formação dos guardas.

As iniciativas constam do Compromisso 11, de um total de 15, do 2º Plano Municipal de Segurança, parceria da Prefeitura com o Instituto Sou da Paz. As medidas serão debatidas durante dois meses, a partir de maio, pelos cidadãos interessados.

“A intenção é fornecer cursos aos guardas com disciplinas voltadas para a gestão, para eles terem uma visão geral de como tratar a criminalidade na cidade, não apenas fazerem um papel de patrulhamento nas ruas”, afirmou a representante do Instituto Sou da Paz, Paula Miraglia, responsável pela coordenação do 2º Plano Municipal de Segurança.

“Esses cursos devem levar em conta, preferencialmente, o estreitamento de relações entre os guardas e a comunidade. Nenhum plano pode dar certo sem considerar a ligação com os cidadãos no cotidiano”, disse Paula.

A Prefeitura considera que os cursos de formação e qualificação dos guardas atualmente em vigor são bons, mas precisam ser ampliados. Na área de formação, os guardas cursam 25 disciplinas, entre as quais direitos humanos, primeiros socorros, psicologia, direito penal e Estatuto da Criança e do Adolescente.

No setor de qualificação, há 13 tópicos, entre eles policiamento comunitário, mediação de conflitos, monitoramento por câmeras, policiamento de proximidade e rondas com bicicletas.

Segundo a Prefeitura, o município conta hoje com 240 guardas municipais armados, responsáveis pelo patrulhamento nas ruas. Há outros 240 agentes que a Prefeitura chama de guardas patrimoniais, que cuidam dos prédios e outros patrimônios do município. Estes não têm armas.

Em 2003, houve um aumento de 70% do efetivo dos guardas municipais. Eles ganham entre R$ 1,4 mil e R$ 3,5 mil. Apesar de ser exigido apenas a conclusão do ensino médio, 80% dos guardas possuem curso superior completo ou em andamento.

“Independente dos cursos, uma Guarda Municipal deve ter três pilares básicos: integração com as polícias, treinamento adequado e ligação com a comunidade”, afirmou o superintendente do Instituto São Paulo Contra a Violência, José Roberto Bellintani.

Estão previstas no 2º Plano de Segurança cinco audiências públicas, por meio das quais os moradores poderão fazer sugestões. Em agosto, a Prefeitura vai selecionar os principais pontos e promete colocá-los em prática.



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