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Bancos veem PIB 4,6% maior em 2010
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
05/11/2009 | 07:00
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O cenário econômico se manterá confortável até o final de 2010, de acordo com o resultado da Pesquisa de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado da Febraban (Federação Nacional de Bancos). "O mercado continuará melhorando, ou ao menos as perspectivas apontam para isso", afirmou o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, durante apresentação da pesquisa.

Na opinião dos banqueiros, o PIB (Produto Interno Bruto) do ano que vem terá crescimento de 4,6%, enquanto a taxa básica de juros, a Selic, deverá fechar o ano de 2010 em 10,50%.

A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de outubro. Participaram analistas de 30 instituições financeiras, entre elas Bradesco, Credit Suisse, Banco do Brasil, J.P. Morgan, Nossa Caixa, Santander, Votorantim e HSBC.

Os resultados, que representam as médias entre as respostas, foram apresentados ontem por Sardenberg, na sede da Febraban em São Paulo.

Conforme a pesquisa, o crescimento do PIB de 2009 será de 0,2%. Na projeção para 2010, os bancos acreditam que a variação será de 4,6% positiva. O aumento efetivo do indicador em 2008 foi de 5,1%. Sardenberg diz que a economia está crescendo "moderadamente e não explosivamente". "Essa melhora pode ser interpretada como uma maior confiança do mercado no País", acrescenta.

Também foi exposto que o mercado financeiro espera uma queda de 3,4% no PIB Industrial em 2009. Na contramão, para 2010, a previsão para o indicador é de alta de 5,7%.

SELIC - O economista da Febraban destacou que a previsão de aumento na taxa Selic teve o maior volume de respostas dispersas. A média apurada prevê que ao fim de 2010 o indicador dos juros básicos chegarão a 10,50%, registrando alta de 1,75 ponto percentual comparando com a taxa atual, 8,75%.

A taxa básica deverá ter a maior curva de aumento no segundo semestre de 2010, conforme 53,6% dos entrevistados. Outros 32,1% esperam a alta já nos primeiros seis meses. Entre os analistas, 10,7% esperam que a taxa Selic continue no patamar atual, de 8,75%. Outros 3,6% preferiram não fazer projeções.

INVESTIMENTOS - O estudo da Febraban aponta que o volume de investimento estrangeiro direto no País em 2010 deve chegar a US$ 32,3 bilhões. O montante representa 25,1% acima do que os bancos calculam que entrará no Brasil até o final deste ano, de cerca de US$ 25,8 bilhões.

A projeção sobre volume de investimentos estrangeiros para o próximo ano é 31,3% maior do que o total investido em 2008, que alcançou US$ 24,6 bilhões.

O dólar, segundo a pesquisa, deve fechar 2009 em R$ 1,71. As expectativas para 2010 são de que a moeda americana não valorize muito e termine o ano em R$ 1,75.

Entre as 30 instituições financeiras que participaram da pesquisa, 82,1% responderam que o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 2%, que passou a ser cobrado no mês passado, terá impacto pouco efetivo sobre a evolução de fluxo de capital externo e a trajetória da taxa de cambio.

Um impacto bastante efetivo no câmbio e no fluxo de capital externo foi previsto por 3,6% dos entrevistados; enquanto 14,3% das instituições não opinaram.




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